DECO informa sobre... Fraudes e Burlas em Pagamentos

09:00 - 25/10/2023 OPINIÃO
«Como devo proceder em caso de ser vítima de uma fraude num pagamento automático?»

A DECO INFORMA…

A DECO tem recebido reclamações e pedidos de informação sobre fraudes e burlas nos pagamentos automáticos.  As situações denunciadas são diversas, incluindo-se   casos de “engenharia social”, ou seja, em que os infratores conseguem obter os dados do utilizador, por exemplo através do phishing ou do pharming, ou fazendo-se passar por funcionários do banco, como no spoofing.

A DECO pretende reforçar a proteção dos consumidores e a confiança do sistema de pagamentos, considerando que, para tal, é urgente introduzir medidas de prevenção e de solução que sejam transversais a todos os prestadores de serviços de pagamentos (PSPs). Caberia ao Banco de Portugal regulamentá-las, assegurando também a ausência de custos para os clientes.

Propostas da DECO

•                    Marcação de IBANs fraudulentos

Criação de registo central, listando IBANs utilizados em fraudes e advertindo o consumidor, se o IBAN indicado constar da lista.

•                    Melhor informação nas SMS de autenticação forte

Destacando-se a transação subjacente à SMS.

•                    Monitorização de transações padrão

Com alertas em caso de desvio do padrão, incluindo das formas de conexão (o IP ou o IMEI).

•                    Estabelecimento de limites de transação

Possibilidade para os utilizadores limitarem valores de transação, em especial no digital.

•                    Reforçar a informação nas referências Multibanco (MB)

Tornar obrigatório indicar quem é o recetor dos pagamentos, tanto no momento da instrução, como no extrato de conta do pagador.

•                    Marcação de referências MB fraudulentas

Como proposto para os IBANs.

•                    Criação de formas de apoio para clientes alvo de fraude

Pontos de contacto para os clientes, nos diferentes canais, em especial uma linha telefónica de apoio sempre disponível.

•                    Implementação de campanhas de sensibilização e educação dos consumidores

•                    Eliminação das limitações da legislação

Alteração imediata para que haja o direito a compensação imediata nos casos de transações não autorizadas, incluindo as transações em que o consumidor foi enganado.

•                    Adesão obrigatória dos PSPs a mecanismos de resolução alternativa de litígios

Permitindo que algumas situações possam ser resolvidas extrajudicialmente.

•                    Colaboração entre autoridades policiais, o supervisor, PSPs e organizações de consumidores