HENRIQUE ROCHA MAIS FRESCO NA FINAL DE AMANHÃ

10:06 - 24/10/2023 DESPORTO
DEPOIS DE UM PERCURSO DURO, O DIA DE FOLGA, DEVIDO À CHUVA, DEU-LHE MAIS TEMPO PARA RECUPERAR DO DESGASTE.
SEBASTIAN FANSELOW DESEJA UM PRIMEIRO TÍTULO DO ANO.
 
Henrique Rocha aproveitou a folga forçada de (Domingo) devido à chuva para recuperar do enorme desgaste que viveu esta semana e apresentar-se totalmente recuperado para a final, adiada para amanhã (segunda-feira), diante do alemão Sebastian Fanselow, estando agendada para as 10 horas.
 
O português de 19 anos, campeão de singulares e de pares do 1.º Tavira Mens Open by Crédito Agrícola, na semana passada, foi inteligente em desistir do torneio de pares deste segundo M25, para poupar-se o mais possível para os singulares. No entanto, mesmo assim, já leva 13 encontros nas pernas na Pedras Tennis & Padel Academy. E se na semana passada venceu sempre em dois sets, esta semana já foi levado por duas vezes a uma terceira partida, e na meia-final de ontem com Jaime Faria teve de salvar dois ‘set-points’ para evitar um terceiro set.
 
«Sinto-me cansado, mas, sinceramente, não me importava de jogar amanhã. Estou no ritmo e não tenho problemas em jogar amanhã ou na segunda-feira», disse após a meia-final. «Claro que se jogar na segunda-feira, estarei um bocadinho mais fresco, mas tenho andado a recuperar muito bem.
 
Tenho 19 anos, não tenho razões de queixa em relação ao físico. Tenho feito um trabalho excelente com o Paulo Figueiredo e tenho capacidades para jogar, dois, três, até cinco sets se for preciso. Seja amanhã ou segunda, estarei pronto», garantiu o jogador nascido no Porto, criado e formado na Maia, que elogiou o preparador físico co Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, em Oeiras, onde treina.
 
Foi esse bom trabalho físico que permitiu-lhe ganhar este ano dois títulos consecutivos em torneos espanhóis do ITF World Tennis Tour, nos M25 de Mungia e Bakio, o primeiro em terra batida e o segundo em ‘hardcourts’, no passado mês de junho. É esse feito que tenta repetir agora, no piso em que tem sido melhor sucedido.
Com efeito, leva 55 encontros ganhos esta época (para apenas 24 derrotas), mas procura amanhã o seu 40.º triunfo de 2023 em ‘hardcourts’. Seria o seu sexto título internacional de carreira, o sexto este ano, com a curiosidade de nunca ter perdido uma final.
 
Pela frente terá um adversário que já bateu duas vezes, sempre este ano, e com o qual treina às vezes, uma vez que o alemão Sebastian Fanselow reside há três anos em Portugal. «A minha namorada trabalha para uma empresa americana que tem uma sede em Portugal. Mudámo-nos para cá há três anos e tem sido incrível.
Quando cheguei, não conhecia muita gente, mas foram muito amigáveis comigo, acolheram-me bem. Depois, há muitos torneios, pelo que nem tenho de sair muito de Portugal. Por exemplo, há dois meses que só estou a competir em Portugal. A minha namorada e eu somos muito felizes aqui», frisou o jogador de 31 anos.
 
Há, obviamente, uma vantagem psicológica do maiato por ter vencido sempre, sem perder qualquer set. Na semana passada, vergou o germânico nas meias-finais. Em setembro último, bateu-o por 6-2 e 6-3 na final de outro torneio M25, na Quinta da Beloura, em Sintra.
 
Mas nem por isso Henrique Rocha parte para a final de amanhã a sentir-se um campeão antecipado. Bem pelo contrário: «Vai, sem dúvida, ser difícil para mim, porque o Sebastian é um grande jogador, mas estou muito motivado e quero muito ganhar a final. Todos os encontros são diferentes, há sempre condições de jogo diferentes, há sempre um que tenta mudar um bocadinho o jogo e é normalmente o que perdeu que tenta fazer alguma coisa de diferente».
 
Por outro lado, Sebastian Fanselow está cada vez mais esfomeado de vitórias porque, ao contrário do português, perdeu todas as três finais que jogou esta época, ele que até tem uma bela coleção de 11 títulos do ITF World Tennis Tour.
 
«Ando, ainda, à procura do meu primeiro título este ano, mas estou numa boa fase. Claro que só pode haver um campeão por semana e fazer meias-finais e finais é bom. mas eu seria bom ter aquele primeiro título do ano. Tive duas semanas muito boas aqui. No início desta semana nem estava a sentir-me assim tão bem, quer física, quer mentalmente, pelo que a sensação de estar de novo numa final é mesmo boa, mas seria bom ter aquele primeiro título do ano», declarou o alemão que reside na Parede e é treinado há um mês pelo português Paulo Gamboa.
 
Henrique Rocha, de 19 anos, é o terceiro cabeça de série, enquanto Sebastian Fanselow, de 31 anos, é o quarto cabeça de série. «Normalmente, nos Futures (como se chamavam antigamente estes torneios), somos cabeça de série. É por isso só nos defrontamos nas fases finais dos torneios, o que é bom para mim… mas espero batê-lo da próxima vez que defrontarmo-nos», lançou o alemão em jeito de repto.
 
Pedro Pereira, o copromotor dos dois eventos e presidente do Tavira Racket Club, deu a entender que, no caso de a chuva persistir, se não for possível disputar-se a final amanhã de manhã, poderá tentar-se concluir o torneio num dos campos cobertos do Algarve, em Portimão ou em Faro.
 
O 2.º Tavira Mens Open by Crédito Agrícola é a segunda de duas competições internacionais de ténis, da categoria de M25, com 25 mil dólares em prémios monetários, a decorrer na Pedras Tennis & Padel Academy. São torneios que contam para o ranking do ATP Tour, estão integrados no ITF World Tennis Tour, o circuito da Federação Internacional de Ténis, e foram ambos organizados pelo Tavira Racket Club, com um apoio significativo da Federação Portuguesa de Ténis (FPT)
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