Por: Manuel José Dias Ramos
MOTE
Os meus amigos deixaram-me tombar
Por eu, não os acompanhar, ao café
Eu dispenso o meu lugar
Com todo o respeito e boa-fé
I
Mais vale só, que mal-acompanhado
É um ditado muito antigo
Eu sou muito amigo do meu amigo
Nunca vou deixar um amigo de lado
Foi assim que fui educado
E assim, vou continuar
Não passo os meus dias, no bar
Isso a mim, não me dá jeito
Pois, é este, o meu defeito
Os meus amigos deixaram-me tombar
II
O café em casa, é o melhor
E até, fica, mais barato
Um serviço mais sensato
Que eu tenho ao meu dispor
E, cada um, tem o seu valor
Cada um, é como é
Eu Ramos Manuel José
Para mim, não tem sentido
Um amigo ficar ofendido
Por eu, não o acompanhar, no café
III
Eu prefiro a Natureza
Do que estar num bar, fechado
Pela saúde, eu tenho cuidado
O Campo, é mais saudável, de certeza
Porque, beber muita cerveja
E mais um Whisky, para terminar
Na minha maneira de pensar
Isto, passa a ser, um vício
Para começar, no início
Eu dispenso o meu lugar
IV
Tenho amigos de confiança
Meus amigos por excelência
Desde a minha adolescência
De quando eu era criança
Tenho amigos, até em França
No Norte-Pas- de-Calé
Tenho antigos combatentes da Guiné
Da guerra no ultramar
Que estão, todos, no meu pensar
Com todo o respeito e boa-fé