O bispo do Algarve defendeu no último domingo que «os mandamentos devem ser vistos não como algo que vem para limitar a liberdade», mas como «algo que vem ajudar a ser mais livre ainda» «porque estão ao serviço do bem comum, do bem de todos».
“Não conseguimos viver sem leis que regulem a nossa vida. Imaginem que não havia código da estrada; que cada um, na estrada, podia fazer o que lhe apetecesse. Grande confusão e perigo de vida para todos! Por isso, esse código serve para regular a nossa vida, está ao serviço do bem comum, do bem de todos. E podemos dizer o mesmo também dos mandamentos de Deus”, desenvolveu D. Manuel Quintas na Eucaristia da inauguração do Centro Paroquial de Armação de Pêra.
“Os mandamentos ajudam-nos a ser mais livres se os seguirmos. E, sobretudo, para termos um apreço muito grande por nós e pelos outros, pela vida. Hoje há pouco apreço pela vida, mata-se e agride-se por nada. Esta dessacralização da vida levou a banalizar a vida”, prosseguiu, referindo-se a “agressões não só verbais”, mas “também a violência física, doméstica”. “Dizem que o Algarve é um dos lugares onde há mais violência doméstica. Estou admirado por isso, mas dizem que sim”, lamentou o bispo diocesano que se referiu aos mandamentos como caminho de “conversão” na Quaresma para celebração da Páscoa de Jesus.
Folha do Domingo
