Ana Gonçalves, Fundadora da Academia Negócios de Saúde
As vidas de todas as pessoas têm os seus desafios, mas acredito que um dos maiores será o das mulheres que dividem a maior parte do seu tempo entre a gestão de um negócio próprio e as responsabilidades da maternidade.
Não subscrevo o epíteto de Super-Mulher. Antes acredito em mulheres que sabem dividir o seu tempo, com organização e competência. Mulheres que, quando vestem o papel de líderes, dão o seu melhor no tempo que têm destinado para isso e depois, na vida pessoal, em especial como mães, dão igualmente o seu melhor. E, claro, terá que sobrar tempo para todo o resto que cada uma gosta de fazer.
Como pode uma mulher, em 2024, ter a dupla função de empreendedora e mãe? Eis algumas ideias:
Delegar e dividir: Uma boa empreendedora e uma boa mãe não tem que fazer tudo sozinha. Aliás, não o deve fazer. No caso da empresa, é essencial formar uma boa equipa, com diversas valências e permitir que cada um cumpra o seu papel. Uma boa líder olha de cima e é responsável pela estratégia e não por fazer tudo. No papel de mãe, as realidades podem ser diversas, mas é natural que as tarefas sejam divididas, para que sobre tempo para passar tempo de qualidade com os filhos.
Fazer um horário: É importante dividir o tempo. Se o dia tem X horas úteis, é preciso decidir quantas são afetas à empresa e quantas são à família. Depois, é tirar o melhor partido possível dessas horas. Claro que haverá dias com imprevistos, mas planear é sempre uma boa política.
Soltar-se de amarras: Claro que não vivemos sozinhas no mundo e há opiniões que devemos ouvir, mas é importante lembrar que somos donas do nosso destino. Só nós sabemos o que é melhor para a nossa empresa e o melhor para os nossos filhos. Procuremos sempre ser melhores, mas ouçamos o nosso instinto.
Sei que este texto, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, tem como alvo um número menor de mulheres do que eu gostaria. Milhões de mulheres em todo o mundo ainda vivem com limitações no acesso a oportunidades e muitas nem sequer podem trabalhar. Mas aquelas de nós que puderam estudar e vivem em países onde podem criar oportunidades, devem procurar a felicidade pessoal e profissional, em honra de todas as mulheres do mundo.
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