As casas mais caras à venda em Portugal: preço subiu 6,5% num ano

12:00 - 30/06/2024 ECONOMIA
Em Leiria, as casas mais caras registaram o maior aumento de preços em comparação com o restante do mercado imobiliário da cidade.
A Ilha da Madeira, bem como os distritos de Castelo Branco, Beja, Portalegre e Guarda, foram as regiões onde as casas mais exclusivas sofreram as maiores valorizações.
O crescimento do preço das casas à venda mais caras do mercado atingiu 6,5% em termos homólogos no mês de abril. A subida dos imóveis situados no percentil 90 dos preços, ou seja, os 10% mais caros, foi equivalente à registada pelo mercado no seu conjunto, cujo aumento se fixou em 6,4%, segundo a análise publicada pelo idealista.
 
O distrito/ilha em que o preço dos 10% das casas mais caras subiu de forma mais destacada foi a ilha da Madeira, atingindo os 21,7%. Neste ranking de aumento das casas mais exclusivas, seguem-se Castelo Branco (19,2%), Beja (16,5%), Portalegre (14,8%), Guarda (13,1%), Viseu (12,7%), Faro (11,3%), Leiria (9%), Santarém (8,4%) e Coimbra (6,5%). As menores subidas foram na ilha de São Miguel (5,6%), Viana do Castelo (5,6%) Lisboa (5%), Setúbal (5%), Vila Real (3,3%), Porto (3,1%), Bragança (2,2%) e Aveiro (1%). Em apenas em 2 distritos, o preço dos imóveis mais caros se reduziu: Évora (-4,2%) e Braga (-4,3%). 
 
Em relação à evolução dos preços do mercado como um todo, as casas à venda mais exclusivas tiveram aumentos mais significativos em 5 dos 20 distritos analisados. A maior diferença registou-se em Castelo Branco, onde o preço cresceu 9,9%, enquanto o mercado do percentil 90 cresceu 19,2%. Seguem-se Guarda (7,8% do mercado e 13,1% do percentil 90), Beja (12,5% do mercado e 16,5% do percentil 90), Faro (7,7% do mercado e 11,3% do percentil 90) e Portalegre (12,5% do mercado e 14,8% do percentil 90). 
 
No extremo oposto encontramos Viseu, onde as 10% das casas mais caras aumentaram menos do que o mercado: o mercado subiu 16,7%, enquanto os imóveis situados no percentil 90 apenas cresceram 12,7%. Seguem-se Viana do Castelo (com 9,6% do mercado e 5,6% do percentil 90), Porto (6,5% do mercado e 3,1% do percentil 90), ilha de São Miguel (8% do mercado e 5,6% do percentil 90), Santarém (10,7% do mercado e 8,4% do percentil 90), Leiria (11% no mercado e 9% no percentil 90), Setúbal (6,8% no mercado e 5% no percentil 90), Vila Real (4,7% no mercado e 3,3% no percentil 90) e Aveiro (2,4% no mercado e 1% no percentil 90). No distrito de Braga, o preço do mercado manteve-se estável (0,5%), enquanto o valor das habitações mais exclusivas diminuiu 4,3%. A diferença na evolução de preços no mercado residencial (no seu conjunto) e nas habitações no percentil 90 foi quase nula na ilha da Madeira (21,7% em ambos), Lisboa (4,9% no mercado e 5% no percentil 90) e Bragança (2,1% no mercado e 2,2% no percentil 90).
 
Capitais de distrito
 
Funchal é a cidade onde as casas mais exclusivas apresentaram uma maior subida, com um aumento de 18,8% no preço. Seguem-se Leiria (17,8%), Castelo Branco (13,8%), Viseu (13,8%), Vila Real (13,2%) e Portalegre (12,1%). Na cidade de Coimbra, o aumento neste segmento de mercado situou-se em 9,2%, seguida por Setúbal (7%), Guarda (6,6%), Bragança (5,8%), Santarém (5%), Viana do Castelo (5%), Faro (3,5%), Lisboa (3,2%), Porto (3,2%), Braga (1,8%), Beja (1,1%), Évora (0,8%) e Ponta Delgada (0,7%). Já em Aveiro, as casas mais caras mantiveram o seu preço estável. 
 
Analisando a evolução dos preços do mercado como um todo, as casas à venda mais exclusivas tiveram aumentos mais significativos em 8 das 20 cidades analisadas. A maior diferença registou-se em Leiria, onde o preço cresceu 10,4%, enquanto o mercado do percentil 90 cresceu 17,8%. Seguem-se Vila Real (6,2% do mercado e 13,2% do percentil 90), Castelo Branco (7,8% do mercado e 13,8% do percentil 90), Guarda (0,6% do mercado e 6,6% do percentil 90), Setúbal (3,5% do mercado e 7% do percentil 90), Viseu (10,8% do mercado e 13,8% do percentil 90), Coimbra (7,5% do mercado e 9,2% do percentil 90) e Funchal (17,3% do mercado e 18,8% do percentil 90). 
 
Já em Viana do Castelo, a diferença entre o mercado e o segmento mais alto são significativas visto que os preços encareceram 22,2% no mercado e apenas 5% no percentil 90. Seguem-se Faro (10% no mercado e 3,5% no percentil 90), Braga (7,3% no mercado e 1,8% no percentil 90), Lisboa (7,6% no mercado e 3,2% no percentil 90), Évora (4% no mercado e 0,8% no percentil 90), Porto (6,3% no mercado e 3,2% no percentil 90), Santarém (7,6% no mercado e 5% no percentil 90), Portalegre (14,5% no mercado e 12,1% no percentil 90), Ponta Delgada (2,5% no mercado e 0,7% no percentil 90) e Aveiro (0,8% no mercado e 0,2 no percentil 90). Já em Bragança, a subida de preços manteve-se equivalente, sendo que, subiu 6% no mercado e 5,8% no percentil 90). 
 
Metodologia
 
Para a realização deste estudo, a equipa do idealista comparou o preço por metro quadrado em abril de 2023 e 2024, utilizando a mesma amostra utilizada no relatório de preços do idealista, focando a análise no percentil 90 de cada mercado examinado.
 
Os dados foram recolhidos e analisados pelo idealista/data, a proptech do idealista que fornece informações destinadas a um público profissional para facilitar a tomada de decisões estratégicas, em Portugal, Espanha e Itália. Utiliza todos os parâmetros da base de dados do idealista em cada país, assim como outras fontes de dados públicas e privadas, para oferecer serviços de avaliação, investimento, angariação e análise de mercado.
 
   
 
Por: Idealista News