A paróquia da Conceição de Tavira, que inclui a comunidade de Cabanas, tem desde a manhã do dia 8 de setembro novo pároco.
A entrada do padre Miguel Neto, de 45 anos, nomeado em julho passado pelo bispo do Algarve, constituiu, na verdade, um regresso, uma vez que aquele sacerdote da Diocese do Algarve já tinha sido pároco daquela paróquia entre 2016 até 2017, tendo depois passado a vigário paroquial até 2018.
O sacerdote acumula assim a paroquialidade da Conceição de Tavira com a das paróquias de Tavira de que é pároco desde 2016.
Na Eucaristia de início daquele serviço, que teve lugar na igreja matriz da Conceição de Tavira, o bispo do Algarve, que presidiu à celebração, explicou que na prática aquela paróquia, tal como as de Tavira, ficará entregue ao cuidado do bispo emérito de São Tomé e Príncipe, D. Manuel António dos Santos, que desde 2023 está colaborar com a Diocese do Algarve, uma vez que o padre Miguel Neto está a completar estudos em Espanha.
D. Manuel Quintas agradeceu a D. Manuel dos Santos e aos paroquianos que lhe estão confiados. “Só tenho a louvar a sua generosidade e, desde o primeiro momento, a sua disponibilidade. Estou muito agradecido à sua generosidade, mas também à vossa colaboração e participação”, afirmou, exortando à “participação, missão e comunhão de todos”. “Todos devemos sentir-nos Igreja”, completou.
O rito de entrada do novo pároco incluiu a leitura da provisão de nomeação, o seu juramento de fidelidade ao colégio presbiteral, ao bispo, ao Papa e a toda a Igreja, a entrega simbólica da chave da igreja e assinatura da ata de posse. Após aquele momento, teve lugar um momento de cumprimentos de alguns membros da paróquia ao novo pároco. O bispo do Algarve convidou depois o novo pároco a aspergir a assembleia e, após esse gesto, um dos membros da comunidade agradeceu ao bispo diocesano e dirigiu-se ao novo pároco.
Depois da homilia, a Eucaristia prosseguiu com a renovação das promessas da ordenação sacerdotal e a profissão de fé do novo pároco e a ata de posse foi assinada após a celebração.
No final houve ainda um gesto simbólico. D. Manuel Quintas convidou o novo pároco a sentar-se na cadeira presidencial, lembrando que “é uma presidência que é serviço”. “É um gesto de serviço. É assim que deve ser visto”, explicou, convidando o novo pároco e D. Manuel dos Santos a dirigirem uma breve saudação à comunidade.
O padre Miguel Neto agradeceu a “confiança” e a “amizade” de D. Manuel Quintas. “Na teoria, sou o vosso pároco e tenho a ajuda de D. Manuel António, mas na prática sou eu que vou ajudá-lo. Ele é que vai estar aqui. Eu vou ausentar-me daqui a algumas horas. Eu obedeço a D. Manuel Quintas e, neste caso, a D. Manuel António”, afirmou ainda, agradecendo também ao bispo emérito de São Tomé e Príncipe “a sua ajuda, ensinamentos e disponibilidade para colaborar”.
Por outro lado, o novo pároco aludiu ao “esforço adicional” preciso para continuar a manter naquela paróquia “uma Missa no sábado à tarde e outra ao domingo”. “Nós queremos e acreditamos em vós, mas é preciso correspondência”, advertiu.
O novo pároco agradeceu ainda ao pároco cessante, o padre Rafael Ferreira, que também concelebrou aquela Eucaristia, e para quem pediu um aplauso, convite a que a assembleia anuiu em pé.
D. Manuel dos Santos também evidenciou a importância dos paroquianos. “Os padres vão e vêm e vós é que ficais aqui”, constatou, apelando à “comunhão, como comunidade, com Jesus Cristo”.
Folha do Domingo