No último ano, menos de 90 mil pessoas desempregadas conseguiram arranjar trabalho. É dos menores números desde 2012.

O mercado de trabalho em Portugal parece estar de boa saúde, com a taxa de desemprego a cair para 6,1% no segundo trimestre de 2024. Mas está a dar sinais de ter maior dificuldade na absorção de desempregados e inativos do que no passado, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O que os dados do INE também mostram é que há menos pessoas desempregadas que conseguiram arranjar trabalho no último ano terminado em junho. Isto porque o número médio de pessoas que conseguiu transitar do desemprego para uma situação de emprego rondou os 89,4 mil casos nos últimos quatro trimestres, um dos menores valores da série da iniciada em 2012, escreve o Dinheiro Vivo.

Estes dados são explicados, sobretudo, pelo menor fluxo de pessoas desempregadas para o emprego entre julho de 2023 e março de 2024, que esteve sempre abaixo dos 80 mil casos. Já no segundo trimestre deste ano houve uma melhoria, tendo sido registados 105 mil desempregados que transitaram para o mercado de trabalho, refere a mesma publicação.

Como se não bastasse, também há menos pessoas a passar de inatividade para o emprego: foram 86 mil pessoas que deram este salto, em média, no último ano terminado em junho, o valor mais baixo desde o período pré-pandémico. Por detrás deste resultado poderá estar o fraco emprego jovem (16 e 24 anos) e ainda o aumento da taxa de desemprego jovem para 22%, uma vez que muitos dos inativos são estudantes.

 

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