Nos últimos dias, as marés vivas resultantes da super lua de setembro causaram inundações, algumas inesperadas, em diversas ruas de Olhão, criando um cenário simultaneamente impressionante e preocupante para moradores e visitantes.
As imagens captadas mostram o nível elevado da água em áreas urbanas próximas ao cais e em outras zonas ribeirinhas, inundando ruas e estacionamentos.
Alexandre Pereira destaca: “Embora as marés vivas sejam um fenómeno natural cíclico, os seus efeitos parecem estar a tornar-se cada vez mais intensos. Este evento deve ser uma oportunidade de reflexão sobre o impacto das alterações climáticas e o aumento do nível médio do mar nas áreas costeiras e ribeirinhas.”
“Nos últimos anos, temos assistido a um aumento de fenómenos climáticos extremos, muitos deles agravados pela ação humana e pela ausência de políticas adequadas de ordenamento territorial. A pressão urbanística sobre as zonas costeiras e ribeirinhas é uma preocupação crescente, e eventos como este reforçam a urgência de revermos como planeamos o desenvolvimento urbano nessas áreas. As inundações destes dias em Olhão são uma amostra do que poderá vir a ser a nova normalidade no futuro, se não forem implementadas medidas corretivas. Aliás, existem modelos matemáticos de previsões deste tipo de inundações que coincidem com os locais afetados nestes dias ignorar esta realidade é negar a ciência e todas as evidências de um clima em constante mudança” Acrescenta o Eng.º do Ambiente.
O Deputado Municipal continua: “Cabe aos decisores políticos tomar ações concretas para mitigar os impactos das alterações climáticas. O ordenamento do território não pode ser feito de forma leviana, mas com responsabilidade, visando as gerações futuras. Precisamos de um esforço conjunto para proteger as zonas costeiras de forma sustentável, garantindo que as cidades estejam preparadas para enfrentar os desafios de um clima em mudança.”
“Tenho reiterado inúmeros alertas para que os responsáveis políticos atuem agora, pois as consequências da inação serão sentidas pelas gerações futuras. A pressão urbanística, aliada ao aumento do nível do mar, pode resultar num futuro em que estas inundações se tornem mais frequentes e severas. As marés vivas que afetaram tanto o litoral quanto áreas centrais da cidade não devem ser vistas como um evento isolado, mas como um aviso claro sobre o que nos espera. Precisamos de infraestruturas resilientes, um planeamento territorial criterioso e uma visão de longo prazo que garanta a segurança e o bem-estar das próximas gerações, sem nunca esquecer que quem toma hoje decisões políticas, não estará cá amanhã para ser responsabilizado, porque enquanto os cargos políticos são de curto prazo, as consequências de más decisões podem se sentir a médio longo prazo!”, Conclui Alexandre Pereira.
PAN Olhão