Rendimento disponível das famílias está a subir mais que o consumo privado. Capacidade de investimento também aumenta.

As famílias que vivem em Portugal estão a conseguir economizar mais dinheiro. Quem o diz é o Instituto Nacional de Estatística (INE): a taxa de poupança das famílias atingiu 9,8% no segundo trimestre de 2024, mais 0,6 pontos percentuais face aos três meses anteriores. Por detrás deste aumento, está a subida do rendimento disponível superior ao crescimento do consumo privado.

“A taxa de poupança das famílias atingiu 9,8%, mais 0,6 p.p. que no trimestre anterior. Este desempenho foi consequência do aumento de 2,2% do RDB [Rendimento Disponível Bruto] (2,4% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,4% do consumo privado”, explica o INE no boletim publicado esta segunda-feira, dia 23 de setembro. Note-se que esta é uma variação em termos nominais, pelo que a evolução do consumo privado é "marcada pelo crescimento dos preços".

O rendimento disponível bruto (RDB) das famílias, ‘per capita’, atingiu os 17,7 mil euros no segundo trimestre de 2024, o que representou um aumento de 1,9%, relativamente ao trimestre anterior. As remunerações ‘per capita’ atingiram os 12,5 mil euros, mais 2,0% que no trimestre anterior.

O aumento da poupança impulsionou a capacidade de financiamento das famílias, que se situou em 3,4% do PIB no segundo trimestre de 2024, o que representa um aumento de 0,6 p.p. face ao trimestre anterior.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) das famílias, que corresponde sobretudo ao investimento em habitação, aumentou 0,4% no segundo trimestre de 2024 (crescimento idêntico no trimestre anterior). Já a taxa de investimento das famílias (medida através do rácio entre a FBCF e o rendimento disponível) atingiu 5,6%, menos 0,1 p.p. que no trimestre anterior.

 

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