Estas são as previsões do Bankinter até ao final do ano, que diz que a economia portuguesa deverá continuar dinâmica.
O final de 2024 está a aproximar-se, com várias entidades a fazer previsões da evolução dos preços das casas. É o caso do Bankinter, que reviu em alta a sua estimativa do custo da habitação em Portugal, admitindo que os preços vão aumentar 4% este ano e 3% em 2025.
E por detrás deste aumento estão mesmo as medidas do Governo da AD que vão estimular a procura, como é o caso da isenção de IMT e IS para jovens até aos 35 anos.
A par de tudo isto, também o custo do crédito habitação deverá ficar mais baixo, estimando-se que a Euribor a 12 meses desça para 2,75% em dezembro.
Na sua análise ao mercado imobiliário para os últimos três meses de 2024, o Bankinter fez uma revisão em alta das suas estimativas dos preços das casas em Portugal:
-
Em 2024, os preços das casas deverão subir 4% (e não 2% como havia estimado);
-
Para 2025, a subida dos preços deverá ser de 3% (ao invés de 1%);
-
E em 2026, estima-se um aumento de 2% dos preços das casas.
Por detrás da melhoria das previsões sobre os preços das casas estão “medidas governamentais de incentivo à procura” (Porta 65, isenção de IMT e IS para jovens até aos 35 anos ou a garantia pública no crédito habitação também para jovens), que vão “acentuar ainda mais o desequilíbrio existente entre a oferta e procura no imobiliário português”, explicam no documento. Mas estimam ainda que “haverá um ligeira e temporária desaceleração dos preços, após anos de forte crescimento”, acrescentam.
Além destas medidas do Governo da AD, também o custo do crédito habitação deverá ficar cada vez mais acessível estimulando a procura de casa, uma vez que as taxas Euribor já estão a descer para todos os prazos à medida que o Banco Central Europeu (BCE) anuncia novos cortes dos juros. A estimativa do Bankinter é que a Euribor a 12 meses se fixe em 2,75% em dezembro de 2024 (hoje está acima dos 3%). O indexante no prazo mais longo deverá cair para 2,5% em 2025 e 2,75% em 2026. E a Euribor a 3 meses deverá fixar-se nos 3,25% em 2024, 2,75% em 2025 e 2,5% em 2026.
No que toca à economia portuguesa, as perspetivas positivas do banco mantêm-se, com o crescimento económico a seguir um “certo dinamismo”, suportado pelo mercado de trabalho. Mas este dinamismo vai depender, uma vez mais, de três fatores importantes, destaca o documento.
Uma deles são as incertezas perante a aprovação do Orçamento de Estado para 2025 no final de outubro, que não tem luz verde garantida já que o Governo da AD está dependente da negociação com os partidos da oposição, como é o caso do PS e do Chega. Depois, há o risco da inflação em Portugal subir até ao final do ano, resultado do efeito da subida dos salários. E, por último, a economia portuguesa também está dependente do futuro da política monetária do BCE, uma vez que persiste “a incógnita sobre a profundidade e velocidade das próximas descidas” dos juros diretores, refere o documento.
Idealista News