Maior procura de crédito da casa está a fazer subir montante total em Portugal e a ritmo superior que na Europa, revela BdP.
A procura por crédito habitação voltou a aumentar em Portugal. E há vários fatores que explicam esta tendência, desde a descida dos juros à maior poupança das famílias, passando também pelas novas medidas que ajudam os jovens a comprar casa (como a isenção do IMT). É neste contexto que o Banco de Portugal (BdP) tem sentido um aumento do montante total dos empréstimos habitação, que chegou a 100,8 mil milhões de euros em setembro, tendo atingido um novo máximo desde 2015.
“O stock de empréstimos para habitação aumentou 472 milhões relativamente a agosto, totalizando 100,8 mil milhões de euros no final de setembro, o valor mais elevado desde fevereiro de 2015”, destaca o BdP na nota informativa divulgada esta sexta-feira, dia 25 de outubro.
Já em termos anuais, o crescimento do montante total de crédito habitação – que inclui os empréstimos mais recentes e mais antigos – foi de 1,7% em setembro, “mantendo-se a trajetória de aceleração que se regista desde janeiro de 2024”, destaca ainda o regulador liderado por Mário Centeno.
Este aumento anual do stock de crédito habitação em Portugal (de 1,7% em setembro) foi ainda superior à evolução registada no conjunto de países da área euro (de 0,6% no mesmo mês). Estes dados sugerem a recuperação do mercado hipotecário português está a ser mais acelerada do que a do mercado europeu, embora ambos já tenham sentido aumentos da procura de crédito habitação no terceiro trimestre de 2024.
Os resultados do mais recente Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito do BdP revelaram que a banca sentiu um “ligeiro aumento da procura no segmento da habitação” no terceiro trimestre de 2024, prevendo-se que continue a haver um crescimento da procura até ao final do ano.
E, por seu turno, os bancos europeus sentiram um “forte aumento” na procura de empréstimos habitação no terceiro trimestre, o que dá “mais um sinal do início de uma recuperação após as fortes descidas ao longo do ciclo de maior restritividade da política monetária”, lê-se no mais recente inquérito aos bancos europeus levado a cabo pelo Banco Central Europeu.
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