O alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes e 8,4 milhões de dormidas em setembro, mais 2,8% e 2,4% em termos homólogos, respetivamente, devido ao crescimento do mercado de não residentes, divulgou hoje o INE.
De acordo com as estatísticas rápidas da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística (INE), em setembro, as dormidas de residentes registaram “um ligeiro decréscimo” (-0,3%, após +4,7% em agosto), totalizando 2,3 milhões, enquanto os mercados externos cresceram 3,5% (+3,4% em agosto), para 6,1 milhões de dormidas.
"A atividade turística manteve [a] trajetória de crescimento, mas voltou a dar sinais de abrandamento", nota o instituto estatístico.
Considerando o terceiro trimestre de 2024, as dormidas aumentaram 3,0% (+2,9% no segundo trimestre), com as dormidas de residentes a crescerem 1,1% (-0,7% no segundo trimestre) e as de não residentes a aumentarem 3,9% (+4,3% no trimestre anterior).
O INE ressalva, contudo, que os resultados do segundo trimestre foram influenciados pelo efeito do período de férias da Páscoa, que este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no segundo trimestre.
Já no acumulado dos primeiros nove meses do ano, as dormidas aumentaram 3,9%, com subidas de 1,3% nos residentes e de 5,0% nos não residentes.
Em setembro, os 10 principais mercados emissores representaram 77,3% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (19,8% do total das dormidas de não residentes) e a registar um aumento de 0,2% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em setembro (11,9% do total), diminuíram 1,9%, seguindo-se o mercado norte-americano na terceira posição (quota de 10,7%), com um crescimento de 13,5%.
O INE detalha que, no grupo dos 10 principais mercados emissores em setembro, o canadiano foi o que registou o maior crescimento (+14,6%), enquanto, em sentido contrário, se destacaram os decréscimos dos mercados brasileiro (-5,9%) e francês (-1,5%).
Em setembro, todas as regiões do país registaram acréscimo de dormidas, tendo os maiores aumentos acontecido na Região Autónoma dos Açores (+9,0%), no Centro (+6,2%) e no Norte (+4,6%).
Em sentido inverso, a Região Autónoma da Madeira e o Algarve apresentaram crescimentos “mais modestos” (+0,1% e +0,9%, respetivamente).
Relativamente à ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico, no mês em análise a taxa líquida de ocupação-cama “decresceu ligeiramente” (0,2 pontos percentuais) para 57,5%, enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto aumentou 0,3 pontos percentuais para 69,7%.
As maiores diminuições da taxa de ocupação-cama registaram-se no Norte (-0,9 pontos percentuais), no Alentejo (-0,8 pontos percentuais) e na Grande Lisboa (-0,7 pontos percentuais). Já o maior crescimento aconteceu na Península de Setúbal (+1,7 pontos percentuais).
As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (73,9%), seguida da Grande Lisboa (65,9%) e dos Açores (61,5%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (38,7%), no Alentejo (42,4%) e no Oeste e Vale do Tejo (44,8%).
No que se refere à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico, continuou a diminuir, tendo sido de 2,59 noites em setembro (-0,4%, após -2,0% em agosto).
Segundo o INE, os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,68 noites) e no Algarve (3,99 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,78 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,81 noites).
A estada média dos residentes (2,09 noites) aumentou 0,3% e a dos não residentes (2,85 noites) decresceu 1,1%.
Lusa