O que é que podemos fazer para salvar o Museu do Traje!?
O CDS-PP solidariza-se e apoia totalmente a petição publica https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT122665 em curso e que apela ao regresso urgente do diretor do Museu, o Dr. Emanuel Sancho. Salvar o Museu do Traje de São Brás de Alportel é fundamental para preservar a herança cultural e histórica da região. E por isso o CDS-PP de São Brás de Alportel propõe cinco ideias/propostas de ação para mobilizar a comunidade e garantir a que o nosso motor cultural volte rapidamente a trabalhar.
1. Organizar nos próximos seis meses uma Audiência Pública para tratar do Futuro do Museu
Um dos métodos mais eficazes para unir a comunidade e proporcionar clareza ao processo de transição seria realizar uma Audiência Pública para tratar das questões que levaram à suspensão do diretor e da forma como a gestão financeira do museu está sendo conduzida. Uma Audiência Pública criará um espaço transparente onde os associados, voluntários, representantes do museu e autoridades locais podem discutir abertamente sobre a situação atual.
Os objetivos da Audiência Pública devem poder:
• Explicar as decisões de gestão que resultaram na suspensão do diretor, buscando esclarecer eventuais
mal-entendidos e dissipar rumores;
• Esclarecer o papel da Santa Casa da Misericórdia na administração dos fundos do museu, promovendo uma conversa que ajude a resolver dúvidas e receios de maneira transparente;
• Estabelecer um plano conjunto para assegurar a continuidade do museu enquanto a situação
administrativa é resolvida, mantendo a confiança dos voluntários e associados;
• Convocar uma comissão de acompanhamento, caso seja necessário, para assegurar que a comunidade seja informada regularmente sobre as próximas etapas de gestão do museu.
Essa audiência oferecerá uma forma democrática de abordar as preocupações dos voluntários e da comunidade, demonstrando compromisso com a clareza e promovendo uma solução que valorize a participação pública.
Imediatamente e sem perda de tempo devemos:
2. Estabelecer um Comité de Gestão Temporária para a manutenção das atividades e ajudar a
manter o envolvimento e a motivação de todos os voluntários e amigos do museu
A criação de um Comité de Gestão Temporária é uma medida prática e necessária, especialmente para demonstrar aos voluntários e associados que a instituição continua comprometida com seus princípios e objetivos. Esse comité poderia incluir representantes da associação de amigos, membros voluntários de diferentes áreas do museu, e eventualmente consultores externos. A ideia seria formar uma liderança coesa e temporária que oriente as operações e a comunicação com os colaboradores regulares durante a ausência do diretor.
Esse comité poderia:
• Supervisionar as operações diárias do museu e garantir que o espaço esteja acessível ao público;
• Facilitar reuniões regulares com os voluntários para discutir as atividades e responder a preocupações;
• Manter um canal de comunicação direto com a Mesa da Santa Casa, a autarquia e o público para informar sobre os passos que estão sendo tomados, fortalecendo a transparência e o apoio da comunidade;
• Trabalhar para construir um plano de ação para manter a regularidade dos eventos e atividades do museu.
Com uma estrutura provisória bem definida e focada na transparência, os voluntários tendem a manter seu compromisso, pois perceberão que suas contribuições estão sendo valorizadas e que a continuidade do trabalho do museu está sendo priorizada.
3. Implementar uma Campanha de Envolvimento Social com foco na Transparência e União
Para evitar a desmobilização de voluntários e amigos do museu, é essencial uma comunicação constante e transparente. Uma campanha de envolvimento social focada na união e na transparência permitirá que a comunidade compreenda o que está acontecendo e se sinta parte ativa do processo de defesa do museu.
A campanha poderá incluir:
• Atualizações semanais por e-mail, redes sociais e reuniões abertas, explicando o que está sendo feito para manter o museu em funcionamento e como cada membro pode ajudar a fortalecer as operações;
• A criação de um mural comunitário online ou físico dentro do museu, onde os voluntários e visitantes possam escrever suas sugestões e preocupações, promovendo um espaço de escuta ativa;
• Testemunhos de voluntários e amigos do museu nas redes sociais, compartilhando histórias sobre o impacto positivo do museu em suas vidas, o que ajudará a reforçar o sentimento de pertença à causa;
• Uma newsletter que inclua detalhes sobre eventos futuros e destaque a importância das contribuições de cada voluntário.
Ao oferecer uma voz ativa aos voluntários e à comunidade em geral, o museu reforça a importância do papel de cada indivíduo na preservação da história local. Este tipo de envolvimento social pode ser um fator de união poderoso, evitando que o afastamento temporário do líder prejudique a coesão dos voluntários.
4. Realizar encontros de Planeamento para Projetos de curta e média duração
Uma das melhores formas de manter o envolvimento é criar objetivos claros e mensuráveis para os voluntários, de modo que eles possam ver o impacto de seu trabalho. Esses encontros de planeamento devem ser voltados para definir projetos de curta e média duração, que incluam o apoio da comunidade e voluntários.
Eventuais projetos a desenvolver podem ser:
• Pequenas exposições temporárias com temas sugeridos pelos próprios voluntários e amigos do museu, para que se sintam motivados a criar e participar ativamente no resultado final;
• Oficinas de conservação de peças do acervo que possam ser promovidas e conduzidas por especialistas voluntários, que podem partilhar conhecimentos técnicos com outros interessados;
• Programas educativos para a comunidade escolar, o que aproxima o museu das escolas e promove o interesse entre os mais jovens;
• Eventos culturais ou tradicionais mensais, onde os voluntários possam contribuir com suas habilidades ou conhecimentos, mantendo a programação cultural do museu ativa e envolvente.
Esses projetos curtos permitem que os voluntários vejam resultados concretos de seu trabalho, promovendo uma sensação de realização. Além disso, eles demonstram para a comunidade em geral que o museu permanece em atividade, motivando novos colaboradores.
5. Procurar apoio Institucional e fortalecer parcerias Locais e Regionais
É fundamental que a Comité de Gestão Temporária com o apoio da Associação de Amigos do Museu procure novos apoios Institucionais e Regionais para assegurar um futuro sustentável à Instituição. Ao firmar parcerias com organizações locais e regionais, o museu pode contar com suporte adicional, o que ajuda a aliviar o impacto da suspensão temporária do diretor e fortalece a estrutura de apoio em torno do museu.
Essas iniciativas poderão incluir:
• Parcerias com outras Instituições culturais da região para o intercâmbio de atividades, como exposições conjuntas e eventos partilhados, o que manteria a relevância e visibilidade do museu;
• Contactos com o setor de turismo local para fortalecer o papel do museu como ponto de interesse cultural, gerando maior tráfego de visitantes e, consequentemente, maior arrecadação;
• Apoios governamentais e de Fundações culturais, incluindo financiamento para projetos culturais e de restauração, os quais poderiam trazer recursos valiosos ao museu;
• Colaboração com universidades e escolas da região, que poderiam contribuir com voluntários, estagiários e com projetos de investigação.
Essas parcerias institucionais reforçam e destacam a posição do museu como um ativo de valor cultural e estratégico, atraindo mais apoio e financiamento.
Em resumo, para o CDS-PP de São Brás de Alportel, a situação de vazio de poder no Museu do Traje exige ações rápidas, mas que sejam baseadas na coesão, transparência e comprometimento com a continuidade do trabalho cultural realizado até agora. Ao propormos a implementação de um Comité de Gestão Temporário pretendemos fortalecer a comunicação, promover projetos de curto prazo, procurar apoio institucional e mais importante realizar com tempo uma Audiência Pública para que se defina o futuro e se restaure a confiança de todos os agentes políticos, sociais, culturais, associativos e a comunidade Sambrasense. Todos podemos e devemos unir esforços para que o museu continue a desempenhar seu papel ímpar como Motor da Cultura de São Brás de Alportel.
Assim sendo, com humildade, inteligência, ponderação e sabedoria propomos-vos este caminho que servirá para fortalecer a organização, valorizar o papel dos voluntários e reafirmar junto da comunidade que o Museu do Traje não é apenas um espaço cultural, mas uma representação da memória coletiva e da história local que merece ser preservada.
Somos CDS-PP de São Brás de Alportel. Queremos mais CDS-PP no Algarve e, todos juntos, vamos dar mais vida à nossa região!
A Comissão Politica do CDS-PP de São Brás de Alportel