Em outubro, os custos de construção de habitação nova terão aumentado 4,2% em termos homólogos, mais 0,9 p.p. que no mês anterior.
Uma solução apontada por vários players do setor imobiliário para dar resposta a crise na habitação que se faz sentir no país passa pelo aumento da oferta de casas. Mas construir casas em Portugal não está barato, pelo contrário, é cada vez mais caro. Em outubro, os custos de construção de habitação nova terão aumentado 4,2% em termos homólogos, mais 0,9 pontos percentuais (p.p.) que no mês anterior, segundo dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira (4 de dezembro de 2024).
“Em outubro, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 4,2%, taxa 0,9 p.p. superior à observada em setembro. Os preços dos materiais apresentaram uma variação de -0,1% (-0,7% no mês anterior) e o custo da mão de obra aumentou 9,7%, mais 1,3 p.p. que em setembro”, refere o INE.
De acordo com o instituto, o custo da mão de obra contribuiu com 4,2 p.p. (3,7 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN. Já os materiais contribuíram com 0,0 p.p. (-0,4 p.p. em setembro).
Betumes e madeiras mais baratos e cimento mais caro
“Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os betumes, com uma descida de cerca de 20%, as madeiras e derivados de madeira e os outros materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, com descidas de cerca de 10%. Em sentido oposto, destacaram-se o cimento, com um crescimento homólogo próximo dos 10%, e os ladrilhos e cantarias de calcário e granito e as obras de carpintaria com subidas próximas dos 5%”, lê-se na nota do gabinete nacional de estatística.
No que diz respeito à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de 0,5% em outubro, sendo 0,7 p.p. superior à verificada em setembro.
“O custo dos materiais desceu 0,1% e o da mão de obra subiu 1,2%. As componentes materiais e mão de obra contribuíram com -0,1 p.p. e 0,6 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,1 p.p. e -0,1 p.p. em setembro)”, conclui o INE.
Idealista News