Município de Albufeira aposta forte na deteção e reparação de roturas na rede pública de distribuição de água.
Desde o final de 2024 que está a desenvolver um projeto com o Fundo Ambiental e a Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito de um protocolo assinado entre as três entidades que tem por objetivo promover o controlo ativo de fugas, através da implementação de equipas e meios de deteção e reparação de roturas na rede de distribuição em baixa. O projeto é financiado pelo Fundo Ambiental até ao montante de 85 mil euros. O presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, sublinha que “a medida é bastante importante, uma vez que contribui para a redução de perdas e o aumento da eficiência hídrica no concelho”.
No último dia de novembro de 2024 o Município de Albufeira assinou um Protocolo de Colaboração Técnica e Financeira com o Fundo Ambiental e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), destinado a promover o controlo ativo de fugas, através da implementação de equipas e meios para a deteção e reparação de roturas na rede distribuição em baixa, com financiamento do Fundo até ao montante de 85.000.00€.
O presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, sublinha que “devido à situação de seca que se vive no Algarve era imprescindível e urgente ponderar seriamente soluções destinadas a mitigar a falta de água na região”, pelo que a autarquia implementou um conjunto de medidas, das quais destacamos: o fecho das fontes ornamentais; o encerramento das piscinas; a suspensão dos contadores para rega; a restruturação dos espaços ajardinados com a substituição de espécies de elevado consumo hídrico por plantas autóctones, mais adaptadas às condições climatéricas da zona; implementação de sistemas de rega gota a gota; instalação de medidores de pressão para efeitos de monitorização, otimizando, desta forma, o abastecimento de água da rede pública para rega e a requalificação e utilização de infraestruturas hidráulicas centenárias de rega (poços e noras) que permitem a utilização para outros fins, como a lavagem de pavimentos e de contentores de resíduos sólidos urbanos.
Em fevereiro de 2024, uma resolução do Conselho de Ministros determinou apoiar os municípios da região algarvia e respetivas entidades gestoras do serviço de abastecimento de água, até ao montante global de 1,5 milhões de euros, com financiamento a 100%, através do Fundo Ambiental. O presente financiamento dá prioridade à execução de intervenções destinadas ao controlo ativo de fugas e à reabilitação das captações públicas existentes.
Na sequência da assinatura do referido Protocolo de Colaboração Técnica e Financeira foi nomeada uma Comissão de Gestão do Protocolo, constituída por representantes das três entidades, com a missão de acompanhar e monitorizar a sua execução, com destaque para a evolução dos trabalhos, bem como propor a adoção de medidas consideradas necessárias ao seu cumprimento.
José Carlos Rolo faz questão de afirmar que “as perdas de água representam um desafio enorme para os sistemas de abastecimento público de água, comprometendo a sustentabilidade ambiental e financeira dos municípios”. Para resolver o problema, a autarquia lançou um concurso público com vista à pesquisa ativa de fugas com recurso a geofones - equipamentos de alta sensibilidade e precisão”. O serviço, executado por uma equipa especializada em deteção de fugas com recurso a geofone acústico, faz a inspeção e mapeamento da rede, identificando as áreas prioritárias para a pesquisa de fugas, com base em informação disponibilizada pelo sistema de gestão da rede. Após a georreferenciação das localizações com eventuais fugas, realiza-se a descrição de fugas detetadas, incluindo a localização exata, a gravidade da fuga e o tipo de pavimento em que a mesma ocorre. A prestação do serviço tem a duração de 10 meses ou até ao limite de 74.200,00€.
O autarca destaca que “a adoção destas medidas é prioritária, uma vez que contribui para a redução de perdas e a melhoria da eficiência hídrica” de um concelho eminentemente turístico, que no verão “se vê a braços” com um aumento exponencial do consumo de água, tendo por isso que acautelar a implementação de um sistema fiável e com o menor número de fugas possível.
Refira-se que o Fundo Ambiental visa apoiar políticas ambientais para a prossecução dos objetivos de desenvolvimento sustentável, contribuindo para o cumprimento dos desígnios e compromissos nacionais e internacionais, designadamente os relativos às alterações climáticas, às energias de fontes renováveis e eficiência energética, aos recursos hídricos, aos resíduos, à conservação da natureza e biodiversidade, ao bem-estar dos animais de companhia, à floresta e gestão florestal, ao ordenamento e gestão da paisagem, financiando entidades, atividades ou projetos que cumpram os objetivos enunciados.