Passados três anos da recomendação apresentada por Alexandre Pereira, o Município de Olhão avança finalmente esta semana com a apresentação do Plano Municipal de Ação Climática. Mas que fique claro: este plano só existe porque, em 2022, exigimos a sua criação e fizemos aprovar por unanimidade a sua necessidade. Na altura, o Presidente da Câmara confessou que não existia qualquer plano e que só o executivo seguinte poderia criá-lo. Hoje, o PS tenta colher os louros de uma conquista que só aconteceu porque o PAN insistiu, exigiu e garantiu que este plano fosse uma realidade.

 

"Olhão está na linha da frente das alterações climáticas. O avanço do mar, as temperaturas extremas e os fenómenos meteorológicos severos são uma ameaça real à segurança das pessoas, à biodiversidade e à economia local. Não podíamos continuar a ignorar isto. Foi por isso que apresentei esta recomendação há três anos. O tempo passou, mas finalmente o plano vê a luz do dia. Tarde, mas vê!" – afirma Alexandre Pereira.

 

A criação do Plano Municipal de Ação Climática é um avanço, mas não basta existir no papel. Sem medidas concretas, acompanhamento e fiscalização, continuará a ser apenas um documento bonito na gaveta. É por isso que Alexandre Pereira defende a criação de uma Comissão de Acompanhamento da implementação do Plano, com representantes da Assembleia Municipal e da sociedade civil, garantindo que o documento não fica apenas no discurso.

 

Mas será que o executivo leva mesmo a sério a crise climática?

 

Veja-se o mais recente exemplo da negociata da BelaOlhão, onde se ignoraram as evidências científicas e as ameaças climáticas – e até o próprio Plano agora apresentado – para favorecer empreendimentos de luxo. A zona onde está atualmente a BelaOlhão, e que foi alvo de uma alteração ao Plano de Pormenor para viabilizar construções de alto valor, está identificada como área crítica, em risco de cheias e de inundação pelo aumento do nível médio do mar e fenómenos climáticos extremos. 

 

A BelaOlhão é o exemplo perfeito de como se governa ao sabor dos interesses privados, ignorando os riscos climáticos. Será que os compradores sabem que estão a investir numa zona de alto risco? Talvez devêssemos avisá-los.”

 

"Este executivo está mais preocupado em garantir negócios imediatos do que em preparar Olhão para o futuro. Em vez de um parque de lazer e estacionamento para feiras e exposições, por exemplo, aprovam um aglomerado urbano de luxo numa zona que deveria ser 'Non Aedificandi’", denuncia Alexandre Pereira.

 

"A crise climática exige ação e não apenas discursos de ocasião. O tempo das promessas vazias já passou. Este plano tem de ser posto em prática e monitorizado de perto para garantir que Olhão não fica para trás outra vez!" – reforça.

 

Olhão não pode continuar refém de decisões erradas e da falta de planeamento. Está nas mãos de cada um de nós garantir que o futuro do concelho seja pensado com responsabilidade, sustentabilidade e justiça. Unidos, podemos construir um Olhão mais resiliente, preparado e sustentável!

 

Este é mais um exemplo de que uma oposição séria, atenta e sempre presente no dia a dia das Pessoas, dos Animais e do Ambiente faz a diferença. Mas é também a prova de que, para avançarmos verdadeiramente no sentido certo, é preciso dar mais força a quem luta pelas causas certas e não a quem governa para interesses privados.

 

A gestão socialista em Olhão continua a agir sem planeamento e sem visão sustentável. As alterações climáticas já afetam o concelho, e as decisões políticas tomadas hoje terão impactos diretos nas futuras gerações.

 

Olhão precisa de uma alternativa que trabalhe com visão, equilíbrio e compromisso com o futuro. Se conseguimos conquistas assim na oposição, imaginem o que poderíamos fazer com mais força para continuar esta luta!

 

 

PAN Olhão