Taxa de juro implícita no crédito a habitação recuou em março para 3,735%, sendo 9,5 pontos base inferior à verificada em fevereiro.
A taxa de juro implícita no crédito a habitação recuou em março pelo 14º mês consecutivo, o que é um bom indicador para quem está a pensar pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar casa. A descida em causa, para 3,735%, faz com que a taxa se encontre no valor baixo desde junho de 2023, sendo 9,5 pontos base (p.b.) inferior à verificada em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira (21 de abril de 2025).
“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito a habitação diminuiu para 3,735% em março, traduzindo uma descida de 9,5 pontos base (p.b.) face a fevereiro (3,830%)”, lê-se no boletim.
Segundo o INE, nos contratos mais recentes, os celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro fixou-se em 3,048%, 15,2 p.b. inferior à taxa observada no mês precedente, registando-se uma diminuição acumulada de 133,2 p.b. desde o máximo atingido em outubro de 2023.
“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 3,715% (-9,1 p.b. face a fevereiro). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro desceu 14,6 p.b. comparativamente com o mês anterior, fixando-se em 3,045%”, indica o INE.
Prestação da casa acompanha descida de juros
A descida dos juros está, de resto, a ter reflexo na prestação paga ao banco pelo crédito habitação. Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 398 euros, menos dois euros que no mês anterior e menos cinco euros (-1,2%) que no período homólogo, ou seja, em março de 2024.
No último mês, do valor da prestação, 217 euros (55%) correspondem a pagamento de juros e 181 euros (45%) a capital amortizado. “Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 18 euros, fixando-se em 604 euros (descida de 2,4% face ao mesmo mês do ano anterior)”, revela o INE.
Relativamente ao capital médio em dívida, subiu em março, na totalidade dos contratos, 553 euros, fixando-se em 70.065 euros. De acordo com o gabinete nacional de estatísticas, nos contratos mais recentes, os celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 144.507 euros, mais 3.490 euros que em fevereiro.
Idealista News