Casas à venda em Portugal: oferta cai 4% no início de 2025

20:00 - 24/04/2025 ECONOMIA
Viseu, Beja e Ponta Delgada foram as cidades onde a oferta de habitação mais se reduziu num ano, revela idealista.
A venda de casas continua a seguir a bom ritmo em Portugal no início de 2025, impulsionada pela descida dos juros e pelos novos apoios aos jovens, como a isenção de IMT e a garantia pública no crédito habitação (que têm tido elevada adesão no país). Mas a oferta de casas que chega ao mercado continua a não ser suficiente para responder a esta alta procura, acabando por refletir-se também nos preços. Em resultado, o stock do parque habitacional português disponível para venda no primeiro trimestre de 2025 desceu 4%, face ao que estava disponível no mesmo período de 2024, segundo os dados analisados pelo idealista, o principal Marketplace imobiliário do sul da Europa. 
Há menos casas à venda na maioria das grandes cidades
Entre as 20 capitais de distrito (ou de regiões autónomas) analisadas, verifica-se que houve um decréscimo no número de casas à venda em 13 grandes cidades. Viseu foi a cidade onde mais diminuiu a oferta de habitação (-18%), seguida por Beja (-15%), Ponta Delgada (-11%), Lisboa (-10%), Évora (-10%), Bragança (-9%), Coimbra (-8%), Castelo Branco (-8%), Viana do Castelo (-7%), Leiria (-7%) e Setúbal (-5%). 
Com descidas do stock habitacional inferiores a 5% neste período encontram-se Vila Real (-3%) e Portalegre (-1%), revelam os mesmos dados do idealista.
A oferta de habitação à venda em Portugal subiu em apenas sete grandes cidades no último ano. A liderar a lista encontram-se o Porto (34%), Faro (16%), Aveiro (15%), Guarda (12%), Santarém (8%), Braga (7%) e Funchal (2%) onde stock disponível para comprar casa mais aumentou. 
 
Oferta de casas para comprar cai em 13 distritos e ilhas
Analisando a oferta de habitação disponível para vender por distritos e ilhas, verifica-se um comportamento semelhante. A oferta de casas à venda caiu em 13 territórios entre o início de 2025 e o mesmo período de 2024.
Foi na ilha de São Miguel (Açores) onde o stock habitacional mais desceu (-16%), seguido por Lisboa (-12%), Setúbal (-12%), Évora (-11%), Coimbra (-7%), Viseu (-6%), Viana do Castelo (-5%), Guarda (-2%), Leiria (-2%), Santarém (-2%), Faro (-1%), Vila Real (-1%) e Bragança (-1%). 
No distrito de Beja (0,4%) e Aveiro (0,1%), o número de casas à venda manteve-se praticamente estável durante o período analisado.
Apenas se sentiu um aumento da oferta de casas à venda em cinco distritos/ilhas portuguesas durante o último ano: Braga (7%), ilha da Madeira (3%), Portalegre (3%), Castelo Branco (1%) e Porto (1%). 
 
Metodologia
Dados recolhidos e analisados pelo idealista/data, a proptech do idealista que fornece informações destinadas a um público profissional para facilitar a tomada de decisões estratégicas, tanto em Portugal, Espanha e Itália. Utiliza todos os parâmetros da base de dados do idealista em cada país, assim como outras fontes de dados públicas e privadas, para oferecer serviços de avaliação, investimento, angariação e análise de mercado.
 
 
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