António Dores | antonio.humberto.dores@gmail.com
Diz-me apenas porque penas?
São as razões do meu penar
Pois se não fossem as penas
Eu não poderia voar
Diz-me apenas porque penas?
Já não consigo sorrir
Pois se não te vejo apenas
É porque desejastes partir
Diz-me apenas porque penas?
És assim tão sofredora
Pois se não fossem as penas
Não haveria mais agora…
Diz-me apenas porque penas?
O meu sofrimento é tão Grande
Pois se não fossem as penas
O mundo não pareceria distante
Mas se a verdade é ambígua
Tal como a natureza da palavra
Diz-me apenas porque penas?
Nessa terra de fogo que lavras
Passas o arado pesado
Revolvendo pasto e pó
Diz-me então porque penas?
Eu me sinto cada vez mais só
Diz-me apenas porque penas?
São as razões do nosso penar
Pois se não fossem as penas
Não conseguiríamos mais sonhar…!