DECO informa sobre... burlas telefónicas

15:00 - 04/08/2025 OPINIÃO
«Cada vez ouço falar mais em burlas telefónicas, em que consistem?»

A DECO INFORMA…

Segundo a ANACOM as fraudes telefónicas mais do que duplicaram este ano. Em seis meses, a autoridade reguladora das comunicações já recebeu mais do dobro das queixas recebidas em 2024.

A identificação deste tipo de burlas é cada vez mais difícil. Muitas das vezes, os burlões mascaram ou falsificam o número de telefone de onde enviam as mensagens ou fazem as chamadas, fazendo-se passar por entidades idóneas como o Estado, bancos, prestadores de serviços públicos e privados conhecidos.

Explorando a ingenuidade, a confiança e a própria iliteracia digital dos consumidores, este tipo de fraude tenta convencer as vítimas a fornecer dados pessoais, senhas de acesso, dados bancários, ou mesmo convencê-los a fazer pagamentos a favor dos burlões ou a aceder a links maliciosos em mensagens.

A DECO considera que a legislação atual não protege suficientemente os consumidores e, portanto, defende uma atualização urgente no que respeita a medidas de prevenção, deteção e repressão destas práticas, por parte das empresas prestadoras de serviços de comunicações eletrónicas. Além disso, existe já um conjunto de soluções técnicas que permitem minorar, pelo menos, os efeitos destes ataques e que pode e deve ser implementado.

Aconselhamos a que os consumidores desconfiem sempre de chamadas inesperadas e usem o seu bom senso quando contactados por alguém ou algum número desconhecido. Devem desligar a chamada e confirmar a veracidade da informação que lhes foi dita (ou enviada por mensagem). Em particular, devem desconfiar muito quando alguém lhes pede para proceder a um pagamento ou efetuar uma transferência com urgência, como no caso da burla “Olá mãe, olá pai”. Não devem nunca clicar em anexos de email ou links inseridos em emails, SMS ou outras mensagens de aplicações.

Nas chamadas de voz devem evitar falar logo que se apercebem que se trata de uma tentativa de fraude, uma vez que alguns burlões já recorrem à gravação e tratamento com Inteligência Artificial da voz das vítimas, para poder ser usada posteriormente num ataque a familiares ou terceiros.

Os consumidores que foram vítimas destes ataques devem denunciar de imediato a situação junto do seu banco (caso tenham feito pagamentos ou fornecido dados que permitam o acesso à sua conta bancária) e apresentar queixa junto de um órgão de polícia criminal.