Nos primeiros sete meses do ano, as exportações caíram 0,5% e as importações aumentaram 3,6%, em contraste com o mesmo período de 2024.
As exportações portuguesas de bens recuaram 11,3% em julho face ao mesmo mês de 2024, enquanto as importações aumentaram 2,8%, agravando o défice da balança comercial de bens em 1.173 milhões de euros, para um total de 3.293 milhões, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No acumulado de janeiro a julho, e excluindo transações sem transferência de propriedade (TTE), as exportações caíram 0,5% e as importações aumentaram 3,6%, em contraste com o mesmo período de 2024, quando ambas tinham registado quebras. Incluindo TTE, os fluxos comerciais acumulados registaram subidas de 0,7% nas exportações e de 6,3% nas importações, elevando o défice para 18.224 milhões de euros.
Entre os produtos, o INE destaca a forte quebra nos fornecimentos industriais, sobretudo químicos destinados à Alemanha e aos EUA, em grande parte associados às TTE. Em sentido contrário, as exportações de material de transporte aumentaram 17,8%, atenuando a queda das vendas ao exterior.
Já as importações foram impulsionadas pelo material de transporte (+15,2%) e pelos bens de consumo (+9,3%), com destaque para os automóveis vindos da Alemanha e para os produtos alimentares espanhóis.
No comércio com os Estados Unidos, as exportações caíram 8,1% no primeiro semestre, atingindo no segundo trimestre o valor mais baixo desde 2023, com uma queda de 14% face ao mesmo período do ano passado. As importações de bens norte-americanos, por sua vez, cresceram 14,5%, consolidando os EUA como quarto maior destino das exportações portuguesas, mas apenas o décimo fornecedor externo.
*Com Lusa
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