O candidato independente do ADN à Câmara de Faro afirmou hoje que o partido pretende conquistar mandatos nas freguesias da Conceição e de Montenegro, Assembleia Municipal e, «quiçá, eleger um vereador» para o executivo camarário.
Em declarações à agência Lusa, José Freitas de Oliveira disse acreditar que o Alternativa Democrática Nacional (ADN) “vai conquistar mandatos, tendo em conta as últimas sondagens que indicam que o ADN está acima dos 2% nas intenções de voto” na capital algarvia.
“É a primeira vez que o ADN concorre a três órgãos em Faro: Câmara, Assembleia Municipal e assembleias das freguesias de Montenegro e da Conceição”, apontou, acrescentando que as perspetivas “são muito boas numa estreia que considera “extraordinária para a força política”.
Eleito em 2021 para a Assembleia da União de Freguesias de Conceição e Estoi pela lista do Chega, partido ao qual se desvinculou passando a independente, José Freitas de Oliveira disputa agora a presidência da Câmara de Faro.
A Freguesia de Conceição foi agregada à de Estoi em 2013, formando a União das Freguesias de Conceição e Estoi. Em março deste ano, a lei n.º 25-A/2025, no âmbito da reorganização administrativa, repôs as freguesias às suas características iniciais, restabelecendo a autonomia das freguesias de Conceição e de Estoi.
Entre as propostas apresentadas à população farense durante a campanha eleitoral, o candidato destacou as “medidas para o problema da habitação, mobilidade, estacionamento e gestão dos espaços públicos” como as principais prioridades e as que “tiveram maior aceitação pública”.
Contudo, José Freitas de Oliveira reconheceu que o problema da habitação “é um tema que todos falam, mas que é muito complicado de resolver no imediato, sendo as soluções estruturais só visíveis a médio/longo prazo”.
“Considero que fizemos um trabalho extraordinário para apresentar as propostas, daí estarmos convencidos que vamos eleger para as freguesias da Conceição e de Montenegro, para a Assembleia Municipal e, quiçá, entrar com um vereador para a Câmara. É esse o nosso objetivo”, concluiu.
Fundado em 05 de outubro de 2014 pelo antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, inicialmente com a designação Partido Democrático Republicano (PDR), o ADN adotou o nome atual em 2021.
Liderado por Bruno Fialho, que sucedeu na liderança a Marinho e Pinto, o partido posiciona-se no espetro conservador e eurocético, com propostas de cortes fiscais e de uma maior participação cidadã na política, criticando o que considera ser a degradação das estruturas sociais e económicas do país.
Em Faro, o ADN concorre pela primeira vez aos vários órgãos autárquicos, incluindo-se no total de oito candidaturas que disputam a presidência da Câmara de Faro, sob gestão do PSD há 16 anos.
Além do ADN, também o Livre e o Volt Portugal apresentam-se pela primeira vez a sufrágio nas autárquicas de domingo.
Além de José Freitas de Oliveira, candidatam-se à Câmara de Faro; Cristóvão Norte (“Faro Capital de Confiança”, coligação PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), António Miguel Pina (PS), Adriana Marques Silva (Livre), Duarte Baltazar (CDU - coligação PCP/PEV), José Moreira (BE), Pedro Oliveira (Volt Portugal) e Pedro Pinto (Chega).
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
Lusa