O candidato do PS à Câmara de Faro apelou hoje à reflexão e ao voto útil, sublinhando que a sua lista é a única capaz de mudança e a mais experiente para governar num cenário sem maioria.
“Quero que os farenses, aqueles que entendem que é preciso uma mudança em Faro, concentrem essa mudança na nossa candidatura. […] É por isso que apelo a todos que não dispersem os votos, seja no centro, seja à esquerda ou mesmo aqueles que são normalmente, nas últimas eleições, votantes do Chega, reflitam”, afirmou.
António Miguel Pina falava à Lusa durante uma arruada na baixa da cidade em que esteve acompanhado pelo ex-governador do Banco de Portugal Mário Centeno e pela eurodeputada do PS Marta Temido, num percurso em que a comitiva socialista aproveitou para contactar com comerciantes e transeuntes.
No último dia de campanha, o candidato socialista lembrou que o ato eleitoral que se realiza no domingo é muito diferente das eleições legislativas, apelando, por isso, ao voto útil para que o PS possa “alcançar uma vitória que seja posta depois ao serviço” de Faro e dos farenses.
“Uma coisa são as eleições nacionais, outra coisa é escolherem alguém que querem que faça a mudança, e a única candidatura que tem uma equipa e alguém com muita experiência e que já demonstrou que é possível e sabe fazer a mudança num território é a nossa candidatura”, argumentou.
Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de a Câmara de Faro poder ficar ingovernável num cenário em que os nove mandatos em disputa são distribuídos de igual forma entre PS, a coligação liderada pelo PSD e Chega, o candidato respondeu que, de entre os três, é o único que tem experiência autárquica e sem maioria.
A terminar um ciclo de três mandatos na Câmara de Olhão, António Miguel Pina alegou que é o único que “já tem a experiência de saber governar sem ter maioria”, o que aconteceu no seu primeiro mandato, razão pela qual a sua candidatura “é aquela que também apresenta maior confiança” para “governar num cenário difícil”.
O candidato socialista defendeu, ainda, que Faro tem de ser o maior centro urbano da região e assumir o papel de uma verdadeira capital de distrito, não apenas por ter o maior número de população.
“Espero mesmo que os farenses reflitam, a mudança está na mente da grande maioria dos que vivem em Faro, e que reflitam sobre qual é a mudança que pode ser feita com confiança. E é isso que consideramos que é a nossa candidatura”, concluiu.
António Miguel Pina tem como adversários às eleições autárquicas de domingo Adriana Marques Silva, do Livre, Cristóvão Norte, da coligação “Faro Capital de Confiança” (PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Duarte Baltazar, da CDU (coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira, do ADN, José Moreira, do Bloco de Esquerda, Pedro Oliveira, do Volt Portugal e Pedro Pinto, do Chega.
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
Lusa