O piloto italiano Marco Bezzecchi (Aprilia) considerou que fez uma «corrida fantástica» para vencer hoje o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, penúltima ronda da temporada, depois de na véspera não se ter sentido «completo».
No Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, Bezzecchi liderou o GP luso desde a partida até terminar com 2,853 segundos de vantagem sobre o espanhol Álex Márquez (Ducati), segundo, e 3,188 sobre o também espanhol Pedro Acosta (KTM), terceiro.
“Muito feliz por esta corrida fantástica para mim. Ontem [sábado] trabalhámos muito na box para tentar saber o que fazer para darmos o próximo passo. Os rapazes [mecânicos] fizeram um trabalho fantástico e estou muito feliz por voltar a vencer”, manifestou o transalpino, que ficou a dois pontos de garantir o terceiro lugar do campeonato.
Embora tenha ficado fica satisfeito com o trabalho desenvolvido na véspera, com a pole position e o terceiro lugar na corrida sprint, vencida por Álex Márquez, manteve a confiança na moto para poder festejar no final.
“Ontem [sábado] estava satisfeito, mas não completo. O Álex e o Pedro [Acosta] estiveram mais fortes do que eu. No aquecimento de hoje percebi em que podia melhorar. Eu acredito no projeto, na minha equipa e estou confiante com a minha moto”, declarou.
Conformado com o segundo lugar na 21.ª prova do Mundial ficou Álex Márquez, que já tinha assegurado a vice-liderança na edição 2025 do campeonato antes de chegar a Portimão.
“O Marco [Bezzecchi] foi mais rápido do que eu e o Pedro. Tentámos ter ritmo, sermos rápidos, forçar e dei o meu melhor. Fiquei em segundo e temos de estar satisfeitos. O Marco e a Aprilia foram realmente muito rápidos aqui. Sabemos o que temos de fazer e temos de continuar a trabalhar”, transmitiu.
Pedro Acosta, apesar de “feliz”, deixou a clara ideia de que poderia ter conseguido mais do que o último lugar do pódio.
“Tenho de estar feliz e de agradecer à equipa. É a minha segunda época no MotoGP, temos de prosseguir e tentar fazer melhor. Estou muito satisfeito com o que tenho”, resumiu.
O Grande Prémio de Portugal ficou marcado pela despedida de Miguel Oliveira (Yamaha) do público português com um 14.º lugar, com o português a prosseguir a carreira no Mundial de Superbikes, em 2026.
O Campeonato do Mundo da classe ‘rainha’ do motociclismo de velocidade é liderado por Marc Márquez (Ducati), ausente de Portimão, devido a lesão, que já é matematicamente campeão desde o Japão, tendo 100 pontos de vantagem sobre o irmão Álex, segundo posicionado.
MotoGP/Portugal: Máximo Quiles vence corrida de Moto3 em Portimão
O piloto espanhol Máximo Quiles (CF Moto Gaviota Aspar) venceu ontem a corrida de Moto3 do Grande Prémio de Portugal do Mundial de velocidade, numa prova muito disputada.
Máximo Quiles terminou com 1,663 segundos de vantagem sobre o compatriota Angel Piqueras (MSI) e 2,886 sobre o japonês Taiyo Furusato (Honda), que foi terceiro.
Esta foi uma das corridas mais entretidas da temporada, com Quiles a largar da quarta posição e a subir à segunda logo no arranque, antes de, na terceira volta, baixar à sétima posição, em que se manteve na quarta volta.
A partir daí, encetou a recuperação, até chegar à liderança na 10.ª das 19 voltas previstas. Contudo, desceria novamente a sétimo na volta 12, chegando outra vez ao comando na 14.ª, não mais perdendo a liderança.
“Foi de loucos, diverti-me imenso”, comentou o piloto espanhol, no final.
Com o segundo lugar na corrida algarvia, Angel Piqueras manteve o segundo lugar no campeonato, atrás do já coroado José Antonio Rueda, ausente por lesão.
Rueda, que já recupera em casa do acidente arrepiante sofrido na volta de apresentação na Malásia, tem 365 pontos, contra os 271 de Piqueras e os 263 de Máximo Quiles, que é terceiro.
O suíço Noah Dettwiler, com quem Rueda chocou na Malásia, também já recupera em casa.
O campeonato de Moto3 termina no próximo domingo, dia 16 de novembro, em Valência.
Lusa
