PS propõe isenção de portagens na A6 e A2 para residente e empresas do Alentejo

14:08 - 10/11/2025 POLÍTICA
O PS propôs a isenção do pagamento de portagens na autoestrada A6 e nos troços da A2 que servem o Alentejo para residentes e empresas com sede na região para «promover a coesão territorial», foi hoje divulgado.

Em declarações à agência Lusa, o deputado socialista eleito pelo círculo de Évora, Luís Dias, indicou que esta foi uma das propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE) para 2026 submetida pelo PS no parlamento, na passada sexta-feira.

“O Alentejo é um território de baixa densidade, com um elevado custo de contexto para habitantes e empresas, não temos sequer uma rede de transportes públicos de elevada eficiência e não há grandes alternativas às deslocações”, afirmou.

Esta realidade, referiu o parlamentar do PS, levou o grupo parlamentar do partido a fazer esta proposta de alteração ao OE para 2026 para “promover a coesão territorial e reduzir os custos de contexto, quer para habitantes, quer para empresas”.

“É uma medida que aumenta a competitividade empresarial, dando mais robustez às empresas e reduzindo-lhes os custos, e alivia os orçamentos familiares, que, tendo que usar a autoestrada, têm um custo que é, de facto, muito elevado”, sublinhou.

A Autoestrada 6 (A6) liga a zona da Marateca, no concelho de Palmela, distrito de Setúbal, e o Caia, perto de Elvas e da fronteira com Espanha, no distrito de Portalegre, atravessando vários concelhos do distrito de Évora.

Já a A2 faz a ligação da zona da Marateca ao Algarve, passando por vários concelhos alentejanos do distrito de Setúbal e também pelo distrito de Beja.

Segundo Luís Dias, esta proposta de isenção de portagens na Autoestrada 6 (A6) e nos troços da A2 que servem o Alentejo “tem impacto direto na vida de 700 mil pessoas e de 90 mil empresas” de toda a região alentejana.

“Se alguém se deslocar de Borba [distrito de Évora] e entrar na A6 em direção a Lisboa, só começa a pagar portagem a partir do nó da Marateca”, exemplificou, assumindo que será “uma redução muito significativa no custo desta deslocação”.

Aludindo a cálculos feitos pelo também deputado do PS e antigo secretário de Estado das Infraestruturas Frederico Francisco, o parlamentar socialista eleito por Évora precisou que esta medida tem um custo de 10 milhões de euros.

“É um custo muito pequeno, em termos de escala, dentro do OE, mas, para o Alentejo, vai ter um impacto muito significativo, já que as empresas e os habitantes do Alentejo, no seu todo, vão, por ano, reduzir os seus custos em 10 milhões de euros”, realçou.

Luís Dias salientou que a proposta, no caso de ser aprovada no parlamento, tem de ser aplicada a partir de abril de 2026, acrescentando que a isenção será aplicada através do dispositivo Via Verde associado à matrícula do veículo.

 

Lusa