A APALGAR – Associação de Amizade dos PALOP no Algarve promoveu no dia 15 de novembro, no Salão da Checul em Quarteira, uma celebração emotiva dos 50 anos da Independência de Angola (Dipanda).

O evento contou com a presença de representantes institucionais, membros da comunidade angolana e amigos da cultura luso-africana.

Entre as entidades presentes destacaram-se o Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Telmo Pinto, o Vice-Cônsul para as Comunidades do Consulado Geral de Angola em Lisboa, Isidro Adriano, Arlete Nogueira, Agente Consular para o Sector das Comunidades e representantes de associações da diáspora angolana na região.

Ambiente de celebração e memória

O espaço foi decorado com motivos angolanos e incluiu uma exposição de mais de 100 fotografias dos 50 anos de independência, cedidas pelo Consulado Geral de Angola, além de um mural pintado pelo artista plástico quarteirense Menau.

Mensagens de unidade e futuro

Francisco Sales, Presidente da APALGAR, abriu as intervenções sublinhando o significado histórico da data: “Recordamos o passado com gratidão e respeito. Muitos dos vossos irmãos e irmãs deram as suas vidas pela causa da liberdade”. Salientou ainda o papel da associação, que há 25 anos promove a inclusão das comunidades africanas no Algarve, incluindo parcerias com as suas congéneres AANGA, em Albufeira e Ondjo Yeto, em Olhão.

Isidro Adriano, Vice-Cônsul, reforçou a importância da união: “Cada um de nós deve sentir-se responsável para poder mudar agora, para fazer de Angola um ninho de sossego para todos os angolanos”. Encorajou ainda os jovens a serem embaixadores da “Angola real” no exterior.

Telmo Pinto, no seu primeiro ato público como presidente da Câmara de Loulé, manifestou total apoio às associações e disponibilidade para melhorar as condições do espaço que acolhe estas iniciativas.

Momento cultural e desportivo

A noite foi pontuada por momentos simbólicos, como a recitação do poema “Ibana” por Isarina João e a entrega de medalhas aos participantes da equipa da APALGAR no Torneio da Dipanda, realizado no Barreiro. Valentim Andrade, porta-voz da equipa, emocionou os presentes ao partilhar o significado pessoal desta homenagem.

O jantar com gastronomia tradicional angolana, o corte do bolo e o brinde com champanhe antecederam uma noite de festa com música e dança, animada pelos DJs Pedro Leda e Yto, onde não faltou a emocionante coreografia coletiva ao som de “Zungueira”, de Irmã Sofia.

Uma celebração que uniu gerações em torno da história, da cultura e do futuro de Angola.

 

Jorge Matos Dias