Quantidade de água subiu em novembro em todas as bacias hidrográficas

09:30 - 05/12/2025 ATUALIDADE
A quantidade de água armazenada subiu em novembro em todas as bacias hidrográficas comparativamente ao mês anterior, com quatro delas a ultrapassar os 80% do volume, segundo os dados do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SNIRH).

No final de novembro, os armazenamentos por bacia apresentaram-se superiores às médias de armazenamento de novembro (1990/91 a 2024/25), exceto para as bacias do Ave, Mira e Ribeiras do Algarve.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 19 tinham disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e quatro inferiores a 40%.

As bacias do Oeste e Douro eram as que apresentavam maior volume de água com 90,8% e 81,7%, respetivamente, seguidas das do Tejo (80,4%), Guadiana (80%), Cávado (78,6%), Mondego (76,5%), Arade (74%) e Lima (71,9%).

No final de novembro, a bacia do Barlavento era a que tinha menor quantidade de água com 45,8% comparativamente aos 44,4% em outubro. Esta é a bacia que consecutivamente tem menos água, tendo passado anos com níveis críticos.

As bacias do Sado, com 51,5%, Mira (53,7%) e Ave (56,7%), seguiam-se nas com menos contenção de água.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o mês passado foi em Portugal continental o terceiro novembro mais chuvoso desde 2000 e o 13.º desde 1931.

Segundo o mais recente boletim climatológico mensal do IPMA, que se baseia numa análise preliminar dos dados disponíveis, novembro "foi muito chuvoso", com o total de precipitação a ser "muito superior ao normal", correspondendo a "cerca de 180% do valor médio" no período de referência de 1991-2020.

Foram registados 15 novos extremos do maior valor de precipitação para novembro, dos quais cinco correspondem a extremos absolutos (verificados nas estações meteorológicas de Coimbra/Bencanta, Barreiro/Lavradio, Figueira da Foz, Leiria e Alcobaça).

O IPMA destaca a depressão Cláudia, caracterizada por chuva forte e prolongada, granizo, trovoadas frequentes e intensas e vento forte, e que causou três mortos, vários feridos e desalojados, bem como o tornado de Albufeira, em que "o valor do vento máximo instantâneo associado" foi estimado em 220 quilómetros por hora.

 

Lusa