O Ministério da Educação e Ciência (MEC) admitiu hoje que o número de alunos no ensino secundário, inscritos em cursos vocacionais, pode triplicar no próximo ano letivo.
“No próximo ano, atendendo à forte adesão das escolas e das empresas prevê-se que esta oferta no ensino secundário triplique em relação ao número registado de cursos em 2014-2015”, lê-se num comunicado do MEC hoje divulgado, a propósito da assinatura de um protocolo na quarta-feira, com a EDP, para o reforço de um curso vocacional no ensino secundário de técnico de redes elétricas.
No comunicado, a tutela recorda que os cursos vocacionais foram lançados em 2012-2013, no ensino básico, tendo apenas chegado esta oferta formativa ao ensino secundário no ano letivo seguinte. O arranque, em ambos os casos, decorreu no âmbito de projetos-piloto.
Os dados hoje adiantados referem que, entre o ensino básico e o ensino secundário, frequentaram os cursos vocacionais em 2014 mais de 27 mil alunos.
No entanto, dados de maio, referiam apenas 24 mil alunos, distribuídos por 1.170 turmas, e o envolvimento de cinco mil empresas, necessárias para o conceito deste tipo de ensino, que implica que uma parte da formação decorra em contexto de trabalho.
O curso vocacional de técnico de redes elétricas, implementado na escola secundária António Damásio, em Lisboa, volta a abrir turmas no próximo ano letivo, e vai chegar também às escolas secundárias São Pedro, em Vila Real, e Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão.
“Pretende-se agora criar condições para que aquela experiência possa ser estendida a mais alunos e a mais escolas, em zonas do país onde são necessários estes técnicos qualificados” refere o comunicado do MEC.
No âmbito do protocolo assinado na quarta-feira, a empresa de distribuição de energia compromete-se “de acordo com as suas necessidades, a colaborar na articulação das componentes dos cursos vocacionais e na oferta de estágios formativos aos alunos” e o Ministério da Educação “a promover a divulgação dos cursos vocacionais enquadrados naquele âmbito e a promover a abertura de turmas, em função da procura que se venha a verificar para a frequência desses mesmos cursos”.
O protocolo é assinado quarta-feira, pelas 18:00, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, pelo ministro da Educação, Nuno Crato, e pelo presidente do conselho de administração executivo da EDP, António Mexia.
Por: Lusa