O município de Vila Real de Santo António congratula-se com a adjudicação da primeira fase da obra de desassoreamento da Foz do Guadiana e espera que a intervenção, que permitirá que a barra do rio recupere uma profundidade mínima de 3,5 metros, possa ser uma realidade no início de 2015.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, a medida «representa uma pretensão ambicionada há mais de 40 anos pelos vila-realenses, em particular, e pelos algarvios, em geral, permitindo a navegação em segurança das embarcações desportivas e pesqueiras».

Por outro lado, aumentará ainda mais as potencialidades turísticas da Eurocidade do Guadiana – composta pelos municípios de Ayamonte, Castro Marim e VRSA – ao permitir a navegação 24 horas / dia de navios cruzeiros ou de outras embarcações de grande calado.

A obra, avaliada em 723 mil euros, surge na sequência do memorando de entendimento sobre o desassoreamento da foz do Guadiana, assinado em Lisboa, no passado mês de março, entre o Governo Português e a Junta de Andaluzia, e será conduzida pela Consejería de Fomento y Vivienda da Junta da Andaluzia.

De acordo com Luís Gomes, «a medida concretiza ainda o bom trabalho desenvolvido pela Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia e mostra o bom relacionamento entre os estados português e espanhol», que integraram o projeto de navegabilidade do Guadiana no Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal.

A dragagem irá incidir numa zona de 1250 metros de comprimento por 60 metros de largura, devendo ser retirados cerca de 55 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Guadiana, que serão utilizados para realimentar as praias mais próximas da foz.

Irá também restituir os calados originais da foz que, ao longo dos anos, foram acumulando sedimentos e criando bancos de areia que atualmente condicionam a navegação das embarcações de maiores dimensões às horas de preia-mar.

 

Por CM VRSA