Para celebrar o décimo quinto aniversário do Teatro das Figuras, o mesmo criou um plano de atividades para brindar a cidade de Faro com uma diversidade de espetáculos.

Foram cinco dias de performances, visitas, concertos online e no exterior. O programa de comemorações teve início no dia 30 de junho, inserido no projeto 2143, no âmbito do ciclo Bandas ao Figuras, com o mote “une a descendência do rock psicadélico a outras paisagens musicais”.

No dia seguinte, Tiago Vieira apresenta a performance Julieta Bebe uma Cerveja no Inferno, com diversas sessões, num limite máximo de 10 pessoas. O Teatro lançou ainda um concurso de literatura infantojuvenil, que desafia os aficionados deste género de ficção a criar o “fantasma” do Teatro das Figuras. O regulamento e informações adicionais estão disponíveis no site do teatro.

No dia 2 de julho, deu-se o último concerto do Bandas ao Figuras, com os Puracura de João Beles, Nuno Murta e João Miau, com o objetivo de “celebrar, reviver e rejuvenescer a música tradicional portuguesa”.

Na sexta-feira, 10 participantes foram desafiados a realizar uma visita guiada ao Teatro das Figuras, conduzidos pelos responsáveis pela programação cultural – Gil Silva e Rui Gonçalves. De seguida, o público foi convidado a assistir no foyer do Teatro das Figuras, a uma sessão de “palavra dita sem estética com sonoridades eletrónicas criadas ao vivo” pelo projeto Kilavra.

O programa encerrou no dia 4 de julho, às 21h30, com um concerto ao ar livre na rampa do Teatro das Figuras. A Orquestra Clássica do Sul com o compositor e pianista Filipe Raposo, que interpretou em estreia absoluta, o seu Concerto para Piano e Orquestra, uma encomenda da Orquestra Clássica do Sul em coprodução com o Teatro das Figuras. Este concerto cumpriu com as regras de distanciamento impostas pela Direção Geral de Saúde, bem como o uso de máscaras e higienização das mãos. Teve uma lotação de mais de 200 lugares e um preço único de € 5,00.

Rogério Bacalhau, Presidente da Câmara Municipal de Faro, fez a abertura do concerto com umas palavras dirigidas aos artistas, em especial à Orquestra Clássica do Sul que segundo o mesmo “estão sempre presentes e dispostos a proporcionar momentos brilhantes.”

O concerto foi iniciado com uma música fúnebre de Mozart, dedicado a todos aqueles que durante a pandemia perderam as suas vidas.

Filipe Raposo durante o concerto explica todo o processo de composição musical para a criação da peça apresentada. A mesma segue “a designada forma clássica dos típicos concertos de orquestra, sendo que esta tem uma particularidade que usa como mote os três versos do José Tolentino Mendonça como base para que este concerto se realizasse, o que basicamente é uma síntese da raça humana e da nossa passagem e para mim é também uma celebração à existência”.

Por: Carolina Figueiras