Um laço azul humano deu o mote para uma manhã de convívio entre alunos dos estabelecimentos de ensino de Almancil, no Jardim das Comunidades.
No total foram 250 as crianças e jovens das escolas de S. João da Venda, Escanxinas, S. Lourenço e Cónego Clementino Brito Pinto que, vestidos de azul, formaram um laço gigante, símbolo deste movimento internacional.
Para animar a manhã e trazer algumas mensagens a este jovem público, estiveram artistas locais – Lady N, Gabz G e DJ Varela - com a sua música, em que o sexismo, a violência contra as “meninas mulheres”, a discriminação racial ou o abandono parental serviram de inspiração para as letras destes temas rap aqui apresentados.
Também o grupo de teatro do projeto Mud@ki apresentou uma peça alusiva à temática. Muitas vezes os adultos, no seu dia-a-dia, esquecem-se de dar atenção aos filhos, tão focados que estão nos seus trabalhos, mas também na tecnologia. E isto também é um tipo de violência que é necessário combater e que foi aqui retratado por este grupo de jovens.
“A Câmara Municipal de Loulé continua a ser parceira e a envolver-se neste grande movimento. É importante que os jovens, desde tenra idade, fiquem a ter conhecimento do significado do laço azul. A Escola tem um importante papel e nós como Município, continuarmos a fazer parte desta iniciativa e ajudá-los a saberem a importância desta temática. Enquanto Município estamos atentos a esta questão e temos no nosso Plano para a Igualdade contemplada a questão dos maus-tratos, não só a crianças e jovens, mas também às mulheres”, referiu Marilyn Zacarias, vereadora da Câmara Municipal de Loulé, relativamente a esta ação em que o Município é parceiro da CPCJ.
Estima-se que 140 mil crianças em Portugal sejam vítimas de violência, “um flagelo social que urge combater”, referiu a organização do evento.
Em 1989, uma mulher norte americana (Bonnie Finney) amarrou uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus-tratos. Com esse gesto quis “fazer com que as pessoas se questionassem”. A repercussão desta iniciativa foi de tal ordem que abril passou a ser o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.
O azul, que simboliza a cor das lesões da criança, servir-lhe-ia por isso como uma imagem constante na sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
As ações que integram este Mês constituem uma forma de apoiar as famílias e fortalecer as comunidades, nos esforços necessários para prevenir o abuso infantil e a negligência.