Segundo um comunicado, o número de detenções da denominada Operação Hydra foi atualizado para 38, entre os quais se contam um polícia considerado “suspeito de atuar como angariador de clientes para o esquema fraudulento”, dois administradores de facto ou de direito de entidades gestoras de centros de inspeção técnica de veículos (CITV), dois funcionários do IMT e 33 inspetores em vários centros.
A PSP referiu ainda a apreensão de 4.311,51 euros em numerário, 41 telemóveis e dados informáticos considerados “processualmente relevantes” para a investigação.
No comunicado divulgado na terça-feira, a PSP deu conta da realização de 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias nos concelhos de Braga, Vila Verde, Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Vizela, Fafe, Amarante, Lousada, Gondomar, Porto, Matosinhos, Valongo, Loures, Lisboa, Agualva-Cacém, Azambuja, Vila Franca de Xira, Seixal, Palmela, Setúbal, Silves, Lagoa e Portimão.
Nessa nota, a PSP adiantava que tinham sido realizadas buscas a um escritório de advogados, ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a sete centros de inspeção técnica de veículos (CITV).
Aquela força de segurança referia que a operação policial decorreu de uma investigação iniciada em 2017, estando em causa crimes de corrupção e falsificação de documento agravada relacionada com a atividade de inspeção periódica de veículos.
Também segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP), “encontra-se indiciado que, através desta atividade, foram implementadas práticas consistentes na aprovação de veículos sem a anotação das deficiências que tinham ou sem a adoção dos procedimentos de inspeção legalmente obrigatórios, tendo em vista atrair clientes e, em consequência, aumentar o número de inspeções e as correspondentes receitas”.
Os 38 detidos vão agora ser presentes a primeiro interrogatório judicial para conhecerem as respetivas medidas de coação, sendo que o inquérito encontra-se em segredo de justiça.
Por: Lusa