Ao todo são mais de 80 os artistas, bandas e projetos que irão apresentar-se no festival que este ano acontece ao longo de quatro dias, entre 04 e 07 de setembro, em vez dos habituais três, sendo essa a “grande novidade desta edição”, de acordo com o diretor da promotora Sons em Trânsito, Vasco Sacramento, em declarações à Lusa.
“O dia extra [que calha num domingo e é feriado municipal em Faro, permite] aumentar ainda mais o leque de propostas que conseguimos abranger no festival, oferecer um programa ainda mais diversificado e traçar uma radiografia à música portuguesa mais abrangente que nunca”, afirmou o promotor, à margem da apresentação do cartaz do festival, em Lisboa.
Por ser a 10.ª edição, a organização decidiu, por um lado, “fazer um balanço do que está para trás”, incluindo no cartaz “artistas que tiveram passagens muito marcantes pelo F”, como por exemplo Diogo Piçarra, Pedro Abrunhosa e a festa Revenge of the 90’s, “que marcou bastante duas edições”.
Além disso, há artistas que se estreiam no F, o que para Vasco Sacramento é “mais uma demonstração da vitalidade que a música portuguesa alcançou”, caso de Os Quatro e Meia e Luís Represas, por exemplo.
“E temos artistas que em anos anteriores tocaram em palcos mais pequenos e este ano se consagram no palco Sagres, que é o nosso palco maior. Caso do Mizzy Miles, da Sara Correia ou do Bispo. Algo nos deixa muito contentes, porque é de alguma maneira uma missão do festival que assim fica cumprida”, referiu.
No último dia, 07 de setembro, a programação irá começar mais cedo “e será especialmente dedicada ao público infanto-juvenil”, algo inédito no festival.
“O F é um festival muito de famílias e acreditamos que vai ser uma aposta ganha, com espetáculos Nina Toc Toc, Chinfrim, um projeto de Rita Redshoes, Caju e Bambu e sessões de conto”, afirmou.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, que coorganiza o festival, destaca também o dia extra, “que terá um preço de bilhete mais acessível e um cartaz dirigido a todos, nomeadamente a famílias”.
Paulo Santos salienta também uma outra novidade nesta edição: a disponibilização de uma ‘app’ de telemóvel, “com uma componente de ‘gamificação’ e que permitirá uma experiência personalizada do festival”.
A primeira edição do Festival F aconteceu em 2014 durante dois dias. Desde então, aumentou o número de dias, de público e o espaço que ocupa na cidade.
“Começámos por ocupar cerca de um terço da Vila Adentro, o centro histórico de Faro, com o passar dos anos fomos crescendo e não só ocupamos a Vila Adentro na totalidade, como já saímos. O palco principal está fora das muralhas, porque foi a única forma que conseguimos de dar resposta à crescente procura que fomos tendo ao longo dos anos”, recordou Vasco Sacramento.
Inicialmente o recinto tinha capacidade para cerca de cinco mil pessoas por dia, hoje pode receber cerca de 24 mil pessoas.
“Temos tido a sorte de estar a viver uma época em que há muita produção nacional, muito diversificada, de qualidade, com cada vez mais público. Temos cada vez mais espetáculos de artistas portugueses ao longo do ano, com salas cheias, até a maior do país, que é a MEO Arena. A música portuguesa está a viver um momento bom e o F é uma consequência disso mesmo”, referiu Vasco Sacramento.
O público do festival continua a ser composto maioritariamente por público algarvio e alentejano, “mas há também números crescentes de ano para ano de pessoas do resto do país”, com clara predominância das regiões de Lisboa, Setúbal e Vale do Tejo, e “algum público da Andaluzia”, zona espanhola que faz fronteira com o Algarve.
“A monitorização é feita através do local de venda dos bilhetes. Mas é difícil às vezes compreender na totalidade a origem do público, isto porque apesar de o festival já decorrer na primeira semana de setembro, ainda é um período de férias. E há bilhetes adquiridos no Algarve por pessoas que estão de férias”, referiu.
O público que for este ano ao F poderá assistir a concertos de artistas e bandas como Bárbara Bandeira, Ana Moura, Dino D’Santiago com a Orquestra do Algarve, Julinho KSD, Nenny, Buba Espinho, Mundo Segundo & Sam The Kid, Ana Bacalhau, Bateu Matou, Margarida Campelo, Amaura, Pedro da Linha, Cassete Pirata, Tara Perdida, Lena D’Água, Maria Reis, Scúru Fitchádu e Napa, entre muitos outros, além dos nomeados anteriormente.
Os bilhetes para o festival já estão à venda.
Até 31 de julho decorre um período de pré-venda, limitada a mil bilhetes diários e mil passes de quatro dias. Os bilhetes diários custam 20 euros, para os dias 04, 05 e 06 de setembro, e oito euros para o dia 07 de setembro. Os passes custam 50 euros.
Após 31 de julho os bilhetes diários passam a custar 22 euros, para 04, 05 e 06 de setembro, e dez euros, para dia 07 de setembro. O passe geral custa 60 euros a partir desse dia.
As crianças até aos 12 anos, inclusive, não pagam bilhete.
Lusa