O programa Apoiar Rendas chegou para ajudar as empresas mais afetadas pelas restrições impostas pela pandemia. As candidaturas encerraram a 30 de abril de 2021 e 25.000 empresas tiveram luz verde ao apoio. Mas ainda nem todas o receberam, havendo mesmo queixas sobre atrasos nos pagamentos. A perspetiva é que estes sejam regularizados no final de julho de 2021.
São as empresas dos setores mais afetados pela pandemia, como a hotelaria e a restauração, que alertaram para os atrasos nos pagamento. À Associação Da Hotelaria, Restauração e Similares De Portugal (AHRESP) chegaram – e continuam a chegar – “relatos de empresas dos setores do alojamento turístico e da restauração e similares que permanecem com pagamentos pendentes no âmbito da medida Apoiar Rendas, inserida no programa Apoiar”, revela a entidade no boletim diário desta terça-feira (dia 20 de julho de 2021).
Uma vez que já passaram vários meses após a submissão das candidaturas a este apoio, a AHRESP apela ainda “à rápida regularização dos pagamentos em falta, que são muito importantes para reforçar a tesouraria das empresas num mês em que as limitações ao normal funcionamento dos nossos estabelecimentos têm aumentado de semana para semana”.
Esta é uma realidade que se estende também a outros setores, como é o caso do comércio e serviços. Segundo a presidente da União das Associações do Comércio e Serviços de Lisboa (UACS), também neste setor há “algumas dezenas de casos” de atrasos nos pagamentos, disse, citado pelo Jornal de Negócios.
Trata-se de um total de 66 milhões de euros que deverão chegar às empresas, sendo o pagamento feito em duas tranches. Mas até ao momento só 75% do valor foi entregue, o que significa que ainda há 16 milhões de euros por distribuir, segundo revelou o Ministério da Economia ao mesmo jornal. A intenção passa por realizar os pagamentos em falta até ao final do mês de julho.
Apesar da adesão significativa das empresas, a dotação inicial do programa de 150 milhões de euros não foi atingida. Recorde-se que o programa Apoiar Rendas abriu em fevereiro deste ano e pretende suportar o pagamento das rendas das empresas que pode oscilar entre 30% e 50%, de acordo com a quebra de faturação dos negócios.
O instrumento Apoiar Rendas insere-se no programa Apoiar, que prevê compensar as perdas das empresas com a pandemia, tendo uma dotação de 1,1 mil milhões de euros, segundo referiu o Ministério da Economia. E também neste há relatos de atrasos no pagamento.
Por: Idealista