A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António está solidária com os moradores e comerciantes da freguesia de Monte Gordo, na sequência das notícias que vieram esta semana a público e indiciam o fecho da agência de Monte Gordo da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Por considerar que o eventual encerramento desta agência irá dificultar a atividade económica do concelho, em geral, e de Monte Gordo, em particular, o executivo camarário de Vila Real de Santo António já questionou o Conselho de Administração do banco público no sentido de saber claramente se, no âmbito do anunciado processo de reestruturação, está de facto previsto o seu fecho.

Para a autarquia, a eventual extinção do referido balcão irá agravar as desigualdades territoriais, fazendo com que os habitantes de Monte Gordo se tenham que deslocar cerca de 5 quilómetros cada vez que necessitarem dos serviços da CGD, situação que prejudica as populações mais vulneráveis, em particular os pensionistas.

Por outro lado, o encerramento da agência irá retirar um serviço público essencial àquela que é a principal zona turística do concelho e que, no Verão, mais que quintuplica a sua população, aumentando os tempos de espera no balcão de VRSA que se encontra já sobrelotado e com elevadas filas de espera depois de a agência do mercado (também em VRSA) ter encerrado há alguns anos.

Para a autarquia, a eliminação do único banco público em Monte Gordo deixará a população com apenas uma única agência de uma instituição bancária do setor cooperativo (a Caixa de Crédito Agrícola), situação que se afigura contraditória com o número de unidades hoteleiras e estabelecimentos comerciais existentes e com a intensa atividade económica associada às dinâmicas turísticas da época alta.

Na carta enviada ao Conselho de Administração da CGG, a Câmara Municipal questionou igualmente a instituição bancária se as medidas agora anunciadas preveem o despedimento de funcionários que trabalhem no concelho de Vila Real de Santo António, debilitando ainda mais o serviço prestado à população e prejudicando equilíbrio económico dos trabalhadores.

 

Por: CM VRSA