“O presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina, entende que esta decisão constitui uma rutura política com a orientação do executivo em funções. Por esse motivo, considera que se perdeu a confiança política necessária para o exercício de funções executivas na Câmara Municipal”, lê-se num comunicado divulgado pelo executivo municipal.
A decisão foi tomada depois de se tornar pública a informação de que a vereadora Elsa Parreira encabeça a lista da candidatura independente “É Agora” às eleições autárquicas de 12 de outubro tal como o vereador João Evaristo, também eleito pelo PS, que é o número dois da mesma lista.
António Miguel Pina considera que “deixa de ser possível manter a delegação de competências atribuídas a estes vereadores, tendo sido determinada, com efeitos imediatos, a revogação parcial do despacho que definia a distribuição de pelouros e delegações, passando os referidos vereadores e exercer funções em regime de não permanência até final do mandato”.
Os pelouros que estavam atribuídos aos dois vereadores transitam a partir de agora para “responsabilidade direta” do presidente da Câmara Municipal, lê-se na nota.
Elsa Parreira tinha responsabilidades nas áreas da educação, ação social e habitação social, enquanto João Evaristo tutelava a cultura, desporto e lazer, juventude, ambiente, apoio ao empresário e transportes municipais.
António Miguel Pina não pode recandidatar-se às próximas autárquicas em Olhão devido à lei de limitação de mandatos, sendo o candidato socialista à câmara do concelho vizinho de Faro.
Para tentar manter a liderança daquela autarquia do distrito de Faro, o PS escolheu o vice-presidente da Câmara de Olhão Ricardo Calé como candidato.
O prazo para oficializar as candidaturas às eleições autárquicas de 12 de outubro terminou na segunda-feira.
Lusa