Questionada no final de uma visita ao Laboratório Nacional do Medicamento, em Lisboa, sobre o aumento de casos e o facto de Portugal ser um dos países com maior número de infeções, Marta Temido disse que há “uma boa tradição” no país de registo, o que revela “a dimensão do problema”.
“Neste momento, aquilo que podemos dizer a esse propósito é que temos procurado fazer um registo muito real e muito empenhado daquilo que é o número de novos casos de infeção por vírus Monkepox como temos procurado fazer um registo muito empenhado de números de casos, por exemplo de covid”, afirmou a ministra.
A ministra sublinhou que os números de cada país são sempre também reflexo da sua estratégia de notificação e da preocupação clínica a esse respeito e “muito variáveis de país para país.
Mas, segundo Marta Temido, “a preocupação” neste momento é, sobretudo, com “a boa saúde das pessoas que contraíram o vírus e que estão a ser acompanhadas”.
“Acho que esse é o tema essencial, enquanto acompanhamos as recomendações internacionais e a evolução do estudo da etiologia”, vincou.
A ministra da Saúde disse ainda que as autoridades estão a acompanhar “com prudência esta evolução, mas com uma prudência não excessiva, sobretudo com preocupação, de que estes casos sejam bem tratados”.
Sobre se há uma definição de perfil para estes doentes, afirmou que se está a falar de “uma doença e as doenças escolhem pessoas”.
“Portanto, aquilo que é muito importante é que, de facto, os conselhos médicos sejam seguidos”, rematou Marta Temido, adiantando que a reserva estratégica nacional de medicamentos que o país dispõe já inclui a vacina contra a varíola humana. “E nós estamos atentos àquilo que é a necessidade de reforço da reserva estratégica nacional”.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou hoje, em comunicado, mais 13 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, um total de 166 casos.
“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve”, sublinha s DGS.
Segundo a autoridade de saúde, todas as infeções confirmadas são homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, que estão em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis.
A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.