O preenchimento das escalas noturnas na Urgência de Neonatologia do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), a partir de setembro, está a ser dificultado por estarem vários médicos de baixa, confirmou hoje à Lusa a administração.

"A atual situação de falta de pessoal médico para assegurar as escalas noturnas foi agravada por razões pessoais, devidamente justificadas, de profissionais que se encontram de baixa, por motivos de doença, licenças de maternidade e ainda apoio à família", lê-se numa nota hoje divulgada, após a Lusa ter recebido informações que davam conta de uma rutura iminente daquele serviço a partir de setembro e da possibilidade de fecho entre as 21:00 e as 09:00.

Até ao início de setembro, a administração do centro hospitalar, que reúne os hospitais de Faro, Portimão e Lagos, estará a desenvolver "todos os esforços no sentido de garantir as respetivas escalas noturnas e assegurar uma resposta de âmbito regional" em conjunto com a direção do serviço, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve e o Ministério da Saúde.

Contudo, assegura a administração do CHUA, o Serviço de Medicina Intensiva Pediátrica e Neonatal "continua a funcionar com o apoio de todos os profissionais da área pediátrica e neonatal, os quais têm conseguido assegurar, graças ao seu profissionalismo e dedicação exemplares, uma resposta assistencial de qualidade".

Em Portimão, desde o mês de junho que o serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital tem sofrido interrupções intermitentes devido à falta de médicos para assegurar as escalas nos fins de semana e feriados.

Até ao início de agosto, apenas três das candidaturas ao programa de mobilidade temporária para assistência médica na região do Algarve preencheram os requisitos necessários, segundo a ARS/Algarve.

Uma das candidaturas aceites foi a de um médico pediatra, colocado em Portimão em 01 de agosto, onde irá manter-se até ao final do mês, e que está a usufruir da possibilidade de alojamento gratuito, opção incluída no programa, pela primeira vez, este ano.

O concurso para a contratação de médicos durante o período de verão, num modelo excecional de mobilidade temporária, abriu em junho e vigora até setembro, contemplando alojamento, ajudas de custo e dispensando o acordo do serviço de origem.

 

Por: Lusa