De apelido Bravo existem várias famílias com interligação incerta, em termos genealógicos. Mitologicamente descendem de um cavaleiro que defendeu com bravura uma Torre atacada pelos Mouros, no tempo de Fáfila, 2º Rei Asturiano (738-740). Apesar dos muitos mortos resultantes do combate, ele recusou lança-los da torre para evitar serem devorados pelos corvos (fig. Brasão)…
A Casa Bravo mais remota conhecida radicou no lugar de Santelices, a norte de Burgos
D. Pedro, Conde de Barcelos (1344), refere que em Portugal a família teve início em Diogo Bravo, natural de Riba do Minho, Lugo na Galiza e que foi casado com Loba, filha de Mem de Gundar e de Goda Pires, os quais vieram da Galiza na companhia do Conde D. Henrique de Portugal.
Segundo Felgueiras Gaio (1678) os Bravos passaram a Portugal ao serviço de D. João I, Rei de Castela, vencido na Batalha de Aljubarrota (1385)… por D. João I, Rei de Portugal.
Segundo o Armorial Lusitano (1961), o fidalgo honrado Martim Gomes Bravo, fugiu da Galiza, por crimes cometidos e casou em Aveiro com Cecília Cardoso, criada da Infanta Santa Joana, deixando geração.
(Santa Joana era filha de D. Afonso V e de D. Isabel de Coimbra, sua prima e 1ª esposa. Joana nasceu em 1452 e apesar de ter tido vários pretendentes, entre os quais o Rei Inglês Ricardo III, ingressou no Convento de Jesus de Aveiro, em 1475… Falecida em 1490, foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII e em 1965 foi declarada especial protetora da cidade de Aveiro, pelo Papa Paulo VI) …
Nas Actas de Vereação de Loulé encontraram-se Afonso Bravo, Joham Bravo e Pedro Bravo, “codrilheiros” de Alportel (1494), que então integrava Loulé.
Nas mesmas Actas surge João Gonçalves Bravo em 1522… e em 1524 é referido Luís Gonçalves Bravo. sobre “licença para queimar roças e alqueves e acirar suas erdades e fazer cinza”…
Vicente Bravo, casado em cerca de 1530 com Catarina Galega, do Barão S. Miguel, Vila do Bispo, era considerado como “um dos mais honrados e ricos do lugar”…
