Quem decidir avançar para a construção de uma casa nova vai pagar mais que há um ano. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou esta sexta-feira, dia 10 de novembro, que os custos de construção de habitação nova subiram 2,1% em setembro face ao período homólogo, sobretudo pelo aumento dos preços da mão de obra, que é escassa em Portugal. Já os preços dos materiais de construção desceram 1,7% neste período, muito embora haja uma instabilidade quanto à sua evolução futura gerada pela guerra na Ucrânia e pelo conflito no Médio Oriente.
“Em setembro, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 2,1%, taxa inferior em 0,3 p.p. à observada em agosto”, revela o INE na nota publicada esta sexta-feira, dia 10 de novembro.
Este aumento dos custos da construção de habitação nova em Portugal é explicado pelo aumento do custo da mão de obra, explica o gabinete de estatística português:
- o preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,7%, contribuindo -1,0 pontos percentuais (p.p.) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN, menos 0,4 p.p. que em agosto;
- o custo da mão de obra subiu 7,5% entre setembro de 2023 e o mesmo período de 2023, pesando 3,1p.p. para o aumento do custo da construção (+2,8 p.p. no mês anterior).
“Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço [da construção de casas novas] estão o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros que apresentou um decréscimo de cerca de 25% em termos homólogos, e a chapa de aço macio e galvanizada e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas de cerca de 20%”, explica o INE.
Mas também houve materiais de construção que viram os preços subir: o cimento, o betão pronto, as tintas, primários, subcapas e vernizes, os mármores e produtos de mármore e os equipamentos de cozinha registaram crescimentos homólogos de cerca de 10%.
De notar ainda que a variação mensal do custos de construção de casas novas foi de 0,4% em setembro, mais 0,5 p.p. face ao mês anterior. Face a agosto, o custo dos materiais subiu 0,1% e o da mão de obra 0,8% em setembro.
Por: Idealista
