Nesse período, que começa no Dia de Reis, todos os centros de vacinação vão estar “inteiramente dedicados à vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos”, para ser “um processo controlado de afluência normal” a estes espaços, afirmou Graça Freitas, em declarações à agência Lusa.
Na véspera do Ano Novo, a diretora-geral da Saúde quis deixar uma mensagem aos pais ou familiares das crianças para que as vacinem, realçando que “vacinar é proteger”.
“Eu quero muito recordar aos pais que tem sido um privilégio durante dezenas de anos a confiança que têm tido na vacinação em Portugal e nas recomendações que nós temos feito sobre a vacinação”, disse.
Graça Freitas observou que em Portugal quase todas as crianças, adultos e jovens se vacinam, “independentemente das suas características, da sua condição social, da sua nacionalidade”, uma estratégia que tem dado “bons resultados” porque a maior parte das doenças para as quais foram vacinadas foram eliminadas no país.
“Não temos mesmo casos, a não ser por importação, e quando não eliminamos, controlamos ao mínimo, mínimo possível de casos”, afirmou, vincando que isto “é um bom exemplo” dos benefícios da vacinação.
Segundo a diretora-geral da Saúde, a vacinação “tem muitas vantagens para o próprio”, porque evita a doença, e a infeção natural pelo vírus é sempre um fenómeno que não se controla.
“Nunca sabemos quem é que vai ter uma complicação, quem é que pode ir para o hospital, é sempre uma incógnita. Se temos uma vacina que simula a infeção natural, mas que controla os riscos e as reações, então, usemos essa vacina”, vincou.
Graça Freitas reafirmou que a vacina contra a covid-19 é eficaz, é segura e tem qualidade”, tendo já dado “provas disso”, reforçando por isso o apelo aos pais para aderirem ao processo de vacinação e fazerem o autoagendamento, “para haver algum controlo na afluência aos centros de vacinação, sem esperas desnecessárias, sem ansiedade desnecessária”.
Segundo Graça Freitas, já há pais a fazer o autoagendamento, mas o apelo é para que “o façam ainda mais” porque há capacidade e vacinas suficientes para vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos.
“São processos muito amigáveis, os enfermeiros e todo o pessoal que lá estão [nos centros de vacinação] são extraordinários, conseguem tratar as crianças com uma delicadeza e uma humanização muito grande”, comentou.
Por outro lado, disse, “a injeção não dói, as reações adversas são muito raras e ligeiras e autolimitadas”.
“É um processo seguro e um processo eficaz e é um processo que confere proteção contra uma doença que apesar de tudo para algumas pessoas pode ser grave, o que nós não queremos de todos. Nós queremos é que as pessoas se protejam”, rematou Graça Freitas.
Este será o segundo período destinado exclusivamente à vacinação de menores, depois de mais de 95 mil crianças entre os 9 e os 11 anos terem recebido a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer no fim de semana de 18 e 19 deste mês.
Segundo o planeamento da "task force", a vacinação da segunda dose para as crianças abaixo dos 12 anos deverá acontecer entre os dias 5 de fevereiro e 13 de março.