Portugal regista 34 casos associados à variante Ómicron do coronavírus, todos assintomáticos ou com sintomas ligeiros de covid-19, indicam as «linhas vermelhas» da pandemia hoje divulgadas.

“No que diz respeito à variante Ómicron, às 18:00 do dia atual, estão identificados um total de 34 casos. Estes casos incluem os casos sequenciados para a variante Ómicron e os casos nos quais foram identificadas mutações específicas, fortemente preditores da variante Ómicron. De momento, estes casos foram assintomáticos ou apresentaram sintomas ligeiros, não tendo ocorrido internamentos ou óbitos”, adianta a análise de risco da pandemia.

De acordo com o relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), foram identificados 30 casos confirmados de infeção por SARS-CoV-2 relacionados com o surto da Belenenses SAD, dos quais 28 casos foram sequenciados ou são fortemente preditores da variante Ómicron (através da identificação de mutações específicas), e dois casos ainda aguardam o resultado quanto à identificação da variante. 

“Ainda na região de Lisboa e Vale do Tejo, foi identificado um caso fortemente preditor da variante Ómicron, com história de viagem recente a África do Sul”, enquanto na região Centro foram identificados, em três situações distintas, sete casos confirmados de infeção por SARS-CoV-2, dos quais cinco casos são fortemente preditores da variante Ómicron, e dois casos aguardam o resultado quanto à identificação da variante”, avança o documento.

Segundo o INSA, a investigação de amostras associadas a casos suspeitos (definidos por critérios epidemiológicos ou laboratoriais) é levada a cabo, através da pesquisa dirigida por PCR de mutações “marcadoras” desta variante de preocupação, a qual “constitui uma abordagem rápida e de potencial elevado valor preditivo”.

De acordo com as “linhas vermelhas”, a situação epidemiológica da variante Ómicron encontra-se ainda em evolução e investigação.

A Ómicron foi identificada pela primeira vez em países da África Austral e foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial de Saúde a 26 de novembro de 2021.

A sua circulação está a ser alvo de uma monitorização apertada a nível mundial, tendo sido já detetada em vários países à escala global.