“Temos este ano, na 50.ª edição, o melhor pelotão de sempre. É o corolário de um projeto que começou como uma prova nacional, que se internacionalizou e que agora se afirma com um pelotão de grande nível e que tem, por isso, grande projeção internacional”, disse Delmino Pereira em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da prova, em Faro.
A edição das ‘bodas de ouro’, na estrada entre 14 e 18 de fevereiro, promete pelo “plantel de corredores excecional” e pelas “ligeiras alterações” ao formato, que o dirigente da entidade organizadora da prova destacou como “fatores diferenciadores”, ressalvando que o modelo tradicional – duas chegadas ao sprint, duas chegadas de montanha e um contrarrelógio – se mantém.
O contrarrelógio de 22 quilómetros, desta vez em Albufeira, transita para o penúltimo dos cinco dias de prova, que se concluirá com a chegada decisiva ao alto do Malhão, em Loulé, ao cabo de 752,7 quilómetros.
“Uma prova que se perspetiva equilibrada, mas, ao mesmo tempo, onde muitos corredores podem vencer. A emoção vai ser garantida até ao final”, antecipou Delmino Pereira.
Questionado sobre a sua aposta para vencedor da prova, o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo nomeou João Almeida (UAE Emirates) e Rui Costa (EF Education-Easy Post), deixando o desejo de que seja um ciclista português.
“A competitividade é muito alta e o que queremos é que haja emoção até ao fim, que não haja nenhum vencedor anunciado antecipadamente”, acrescentou.
Na edição de 2023, a ‘Algarvia’ encerrou com um ‘crono’ e com a vitória na geral individual do colombiano Daniel Martínez, que este ano se mudou para a BORA-hansgrohe, mas estará presente para defender o título.
Entre os principais favoritos para a 50.ª edição, a lista de 174 inscritos inclui também o norte-americano Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike), vencedor da Vuelta2023, antigos vencedores da Volta ao Algarve como o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e o galês Geraint Thomas (INEOS), o belga Wout van Aert (Visma-Lease a Bike) ou o britânico Tao Geoghegan Hart (Lidl-Trek), vencedor do Giro 2020.
Além das 13 equipas WorldTeam (categoria principal da UCI), o número mais alto de sempre em igualdade com a edição de 2018, participam ainda três formações ProTeam e as nove equipas continentais portuguesas.
Presente na apresentação da Volta ao Algarve, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, destacou a qualidade dos ciclistas inscritos para a 50.ª edição, que ilustram o “reconhecimento internacional” que a competição velocipédica portuguesa “com melhor ranking” já tem.
O governante lembrou ainda que a modalidade “atravessou um período difícil” e que hoje “se pode orgulhar de ter ‘dobrado o Cabo das Tormentas’”, depois de, em 2023, ter estendido o passaporte biológico, método de controlo e combate ao doping, à totalidade dos corredores das equipas continentais, o que trouxe um novo “clima de confiança”.
Lusa