A Guarda Nacional Republicana constitui-se como polícia ambiental, em todo o território nacional, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) que, durante mais de duas décadas, desde a sua criação em 2001, fortaleceu a GNR como uma “força próxima, humana e de confiança” na salvaguarda dos valores naturais e ambientais, numa perspetiva de alcançar uma melhor segurança e bem-estar para os seres humanos, para a vida selvagem e para biodiversidade.
Ao longo de 2021, destacam-se alguns números que refletem o zelo permanente da GNR pela vitalidade da fauna e flora:
- 2.841 animais selvagens resgatados/apreendidos, onde se destacam as aves;
- 140 detenções por crimes contra a vida selvagem (nos quais se incluem a caça furtiva, os maus-tratos a animais de companhia, e o tráfico de espécies protegidas);
- 2.385 autos de contraordenação levantados a infratores que danificaram habitats naturais.
Neste âmbito, importa ainda destacar uma operação que decorreu, no dia 3 de novembro, no concelho de Vila do Conde, que ilustra a intervenção da GNR, como polícia ambiental, numa investigação de crimes de danos contra a natureza, em que foram desenvolvidas diversas diligências policiais. Esta investigação culminou na realização de sete buscas, duas domiciliárias, uma em armazém, uma em estabelecimento comercial e três em veículos, resultando na identificação de dois homens, com idades entre os 49 e os 70 anos, tendo um deles sido detido e constituído arguido, pelo crime de crimes de danos contra a natureza.
No seguimento desta ação foi possível apreender o seguinte material:
- 1.328 aves de espécies protegidas no âmbito do CITES;
- 66 gaiolas;
- Diversas armadilhas para captura ilegal de aves autóctones;
- 179 medicamentos de uso veterinário de proveniência ilícita;
- 93 embalagens de alimentação animal em situação irregular.