Por: Inês da Silva | Médica na Unidade de Saúde Familiar Lauroé | Mestre em Medicina pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior | ilsilva@arsalgarve.min-saude.pt

A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença que causa a restrição do fluxo de ar nos pulmões e, por consequência, problemas respiratórios. Constitui uma das três principais causas de morte a nível mundial e tem impacto económico e social crescente, levando a uma elevada utilização de recursos de saúde, como consultas, episódios de urgência e internamentos.

O tabagismo e a poluição do ar são as causas mais comuns da DPOC. Os principais sintomas associados são: dificuldade em respirar (que é progressiva e persistente ao longo do tempo), tosse crónica (que pode ser intermitente), produção de expetoração e cansaço progressivo. Caracteristicamente, esta doença piora lenta e progressivamente ao longo de anos e podem surgir episódios de agravamento rápido dos sintomas – as exacerbações. A cada exacerbação, ocorre um agravamento da qualidade de vida do doente.

O diagnóstico da DPOC é realizado com base nos antecedentes e sintomas do doente e é necessário realizar um exame denominado espirometria para a sua confirmação.

O tratamento passa pelas seguintes medidas: cessação tabágica, vacinação (de forma a prevenir infeções), exercício físico e hábitos de vida saudáveis, terapêutica farmacológica (inalatória), reabilitação respiratória e gestão de outras doenças.

A educação e ensino do doente para a gestão dos fatores de risco, da técnica inalatória e possuir um plano de ação escrito para as exacerbações, são medidas importantes para atrasar a evolução da DPOC e a consequente degradação da qualidade de vida.

Siga as instruções do seu médico de forma a manter um bom controlo da sua doença.

 

A sua opinião é importante para nós: https://forms.gle/U3g858S1hArvFW3C6