Segundo o INE, os dados relativos aos licenciamentos "indicam perspetivas positivas para a construção", representando uma aceleração face à subida homóloga de 1,0% registada no último trimestre de 2020.
Já o recuo homólogo de 13,6% nos edifícios concluídos até março compara com uma diminuição de 4,1% no último trimestre de 2020.
Comparativamente com o trimestre anterior, de janeiro a março o número de edifícios licenciados cresceu 11,6% (-2,4% no quarto trimestre de 2020) e o de edifícios concluídos aumentou 0,4% (+1,0% no quarto trimestre de 2020).
Já numa análise mensal, o INE reporta que, após os decréscimos homólogos observados em janeiro e fevereiro, os edifícios licenciados aumentaram 43,6% em março e 64,1% em abril.
“Quando comparado com os mesmos meses do ano 2019, este crescimento é também relevante, verificando-se aumentos de 25,9% em março e 25,7% em abril”, nota.
Do total de 6,5 mil edifícios licenciados no primeiro trimestre em Portugal, 73,2% eram construções novas e destas, 80,2% destinavam-se a habitação familiar.
Os edifícios licenciados para demolição (430 edifícios) corresponderam a 6,6% do total de edifícios licenciados até março.
A Região Autónoma dos Açores foi a única a apresentar uma variação homóloga negativa no número total de edifícios licenciados no primeiro trimestre (-0,9%), tendo todas as restantes regiões registado variações homólogas positivas, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa (+13,2%), Alentejo (+11,8%) e Centro (+6,4%)
Segundo o INE, o número de edifícios licenciados em construções novas cresceu 8,4% face ao primeiro trimestre de 2020 e as obras de reabilitação aumentaram 1,5%.
Em comparação com o trimestre anterior, o licenciamento em construções novas aumentou 13,7% e as obras de reabilitação cresceram 8,4%.
Em Portugal, no primeiro trimestre de 2021, a área total licenciada aumentou 5,3% em termos homólogos (-3,3% no último trimestre de 2020).
O INE estima que tenham sido concluídos 3,7 mil edifícios em Portugal, “correspondendo, na sua maior parte, a construções novas (80,5%) e que destas, 79,5% tenham tido como destino a habitação familiar”.
Apenas a Região Autónoma dos Açores registou um crescimento homólogo nos edifícios concluídos (+3,7%), tendo as demais regiões apresentado variações homólogas negativas, destacando-se o Algarve (-38,9%), Norte (-15,4%) e Centro (-13,3%).
Verificaram-se reduções de 8,1% nas obras concluídas em construções novas e 30,9% nas obras de reabilitação, face ao primeiro trimestre de 2020. Já em comparação com o trimestre anterior, as variações foram de +0,9% e -1,5%, pela mesma ordem.
Em conjunto, as regiões Norte e Centro continuaram a destacar-se no número de edifícios concluídos (63,1% do total) e dos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar (57,6%) no primeiro trimestre de 2021.
A Área Metropolitana de Lisboa seguiu-se à região Norte quanto aos fogos concluídos, com 30,1% dos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar a localizaram-se nesta região.
Os dados do INE apontam ainda que, de janeiro a março, se verificou uma diminuição de 13,5% na área total construída em Portugal, face ao período homólogo.