Acompanhado pelo cônsul honorário, Thomas Kottmann, o diplomata helvético esteve reunido com o edil louletano para ficar a conhecer um pouco mais sobre a realidade deste concelho, os projetos municipais e a comunidade suíça residente.
Loulé esteve no roteiro desta visita já que é sede de um dos três consulados honorários do país, a par do Porto e da Madeira. Neste concelho, o embaixador passou ainda por Quarteira para participar numa conferência entre clubes suíços.
Em todo o Algarve estão registados 1200 cidadãos suíços, “mas há muitos outros que dividem a sua vida entre a Suíça e Portugal”. Destes há uma parte significativa com elevado poder de compra, proprietários de casas de luxo e que escolhem a região para passar a sua velhice, mas também outros que vêm para trabalhar. Fazem parte dos 23% dos estrangeiros residentes no concelho de Loulé.
“Tivemos uma troca de ideias muito interessante. Começámos por falar sobre a comunidade suíça e os cidadãos que aqui residem. E depois o presidente Vítor Aleixo falou de alguns dos projetos e diversas iniciativas ligadas à investigação científica (ABC), assim como do Centro para o Envelhecimento Ativo e Saudável. Foi importante para nós percebermos os esforços do Município de Loulé para o desenvolvimento concelhio”, destacou em relação à reunião tida com os responsáveis louletanos.
O projeto e o trabalho do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo e Saudável, já sedeado e a funcionar em Loulé, é uma matéria que nos interessa bastante na Suíça, já que uma boa parte da nossa comunidade no estrangeiro, sobretudo em Portugal e em Espanha, são reformados que vêm passar aqui o final das suas vidas e a promoção da qualidade de vida para os idosos é algo que nos preocupa muito. Espero que o nosso cônsul possa manter-nos informados sobre este projeto”, adiantou Denis Knobel.
É também este o pensamento do autarca Vítor Aleixo: “Estamos muito satisfeitos por ver o interesse do representante suíço num projeto que nos diz muito. Acredito que poderemos ter sinergias muito positivas no que toca a esta matéria do envelhecimento ativo. Este Centro poderá ser um importante apoio a estes cidadãos mais idosos”.
Suíços e portugueses, dois povos diferentes, mas nem tanto… “Na Suíça estamos entre montanhas e vales, Portugal dirige-se ao mar e ao oceano… Em termos de carácter nós somos pessoas muito sérias e calmas, mas, no fundo, somos dois povos com a mesma alegria de viver. Temos um outro tipo de ‘saudade’ na Suíça”, concluiu o embaixador da Suíça.