Atualmente, quantas clínicas MALO existem em Portugal?
Paulo Malo – Atualmente existem cerca de 11 clínicas distribuídas pelo País: Porto, Gaia, Aveiro, Braga, Coimbra, duas em Lisboa, Portimão, Loulé, Vila Real e agora Faro.
No caso da clínica de Loulé, esta funciona em parceria. O modelo de funcionamento é o mesmo em todas as MALO CLINIC?
P.M. – Loulé a única que funciona dessa forma. É uma clínica que funciona em parceria, porque nós temos uma ótima relação com o dono da clínica e esse será um primeiro passo para começarmos a trabalhar juntos. Por norma, ou fazemos as nossas clínicas logo de raiz, como foi o caso desta de Faro, ou, quando há clínicas onde os donos gostariam de fazer uma parceria connosco, fazemos essa parceria e se gostarmos, avançamos.
Quando são constituídas essas parcerias, os funcionários passam a trabalhar com técnicas ou produtos vossos?
P.M. – Uma parceria significa que nós controlamos a qualidade dessa clínica, dando formação aos médicos que lá trabalham e essas clinicas têm o nosso nome, ou seja, a indicação “em parceria com a MALO CLINIC”. Obviamente que se estão em parceria connosco, nós damos formação aos médicos e mudamos os produtos da clínica para aqueles que nós utilizamos. Na verdade, é uma clínica que tem tudo o que nós temos, mas não faz casos muito complexos, que são enviados para a nossa clínica mais próxima. Por exemplo, aqui no Algarve, temos uma clínica que faz tudo menos anestesia geral, a de Portimão, o que não irá acontecer em Faro, embora esta seja uma clínica grande. Em cada região, há sempre uma clínica que faz praticamente tudo e em cada País há uma clínica que faz tudo. A clínica de Lisboa é, de longe, a maior clínica de medicina dentária do mundo. É uma clínica que não trabalha somente com pacientes de Portugal inteiro, mas também do mundo. Nós temos pacientes de toda a parte do mundo. É assim na Alemanha, no Japão, na China, na Austrália, nos EUA, em Portugal e em todos os outros países.
Quantos médicos vão trabalhar na clinica de Faro? O Dr.º Malo será um deles?
P.M. – Eu não. Em princípio, eu só virei cá uma vez por mês, para alguns casos específicos e mais complicados. Eu gosto de, sempre que possível, visitar as clínicas todas. Nesta clínica, trabalham cerca de quatro médicos do Algarve e virão mais alguns de Lisboa que passarão a viver no Algarve. O diretor da clinica é o Hugo Nascimento, que já trabalha connosco há muito tempo e que vive aqui no Algarve.
Quando decidem abrir uma nova clínica numa determinada região, fazem algum tipo de propensão de mercado?
P.M. – Claro. Nós somos, neste momento, a maior empresa de medicina dentária do mundo e estamos presentem em cerca de 20 países. Não fazemos uma propensão do mercado nacional, mas sim internacional e temos uma lista de países onde nos interessa mais entrar. Às vezes entramos num país que não está na lista, mas onde a oportunidade de entrada surgiu. Nem sempre é possível entrar onde gostaríamos, até porque, para isso, é necessário um parceiro local e nós podemos não gostar. Geralmente seguimos uma linha de estratégia: os países mais importantes para nós são aqueles onde nós entramos primeiro. Em cada país, nomeadamente em Portugal, obviamente que temos as regiões e vemos quais são as mais interessantes e fazemos também uma lista. Portanto, há uma lista do mundo e uma dentro de cada país. Há países com várias clínicas e há outros que só suportam uma clínica, como é o caso da Hungria. A Austrália suporta oito clinicas, uma em cada cidade, Portugal suporta mais porque temos uma população mais concentrada.
Está prevista a abertura de mais clínicas nos próximos tempos? Mais alguma no Algarve?
P.M. – Nós iremos abrir talvez mais umas 12 ou 14 clínicas durante este ano em todo o País. Para o Algarve estão previstas mais duas clínicas, mas ainda não posso dizer onde.
No caso da clínica de Faro, quanto foi investido?
P.M. – As clínicas têm vários preços e esta em concreto é uma clinica de meio milhão de euros, que é uma clinica média para nós. Ou seja, desta envergadura, deste tamanho e com os equipamentos que tem, é um clinica média, enquanto uma clinica pequena anda à volta dos 250 mil euros. Depois, temos as clinicas de um milhão de euros para cima.
Se alguém estiver interessado em propor-se para parceiro, aceitam fazer parceria?
P.M. – Sim. Nós somos donos da maior parte das clinicas a 100%, mas há outras em que detemos 80% ou 90%. Somos sempre maioritários, o máximo que descemos é até 51%, mas há clinicas lá fora em que detemos só esse valor.
Por Nathalie Dias
