Um novo ano letivo já arrancou. E para muitos estudantes universitários o grande desafio inicial passa por arrendar um quarto a preços compatíveis com o rendimento familiar. Para ajudar a pagar a casa, o Governo aprovou um “reforço significativo” do complemento de alojamento para estudantes deslocados do ensino superior. A ideia é garantir que os apoios ao alojamento pagos estão de acordo com o preço médio do alojamento privado praticado nas diferentes cidades do país.
Com este reforço, os apoios ao alojamento dos estudantes a aplicar no ano letivo 2023/2024 passam a ter os seguintes limites, aponta o Governo em comunicado divulgado esta sexta-feira (dia 22 de setembro):
- Lisboa, Cascais e Oeiras: máximo de 465,41 euros mensais (+120,11 euros que o anterior, o que equivale a um aumento de 36%);
- Porto: apoio limite de 432,39 euros por mês (+120,11 euros que antes, refletindo um aumento de 38%);
- Faro: valor máximo do apoio passou para 360,32 euros por mês (+72,60 euros, ou seja, aumentou 25%);
- Funchal, Setúbal e Almada: apoio foi reforçado para 336,30 euros/mês (+17% no caso do Funchal e de Setúbal e de +8% no caso de Almada);
- Ponta Delgada: o apoio para o novo ano letivo passou a ser de 312,28 euros por mês (+18%).
Houve, contudo, algumas cidades universitárias que não viram o valor do apoio ao alojamento ser reforçado neste novo ano letivo, como foi o caso de Coimbra, Vila Nova de Gaia, Portimão, Odivelas, Matosinhos e Amadora, por exemplo.
Isto quer dizer que, com este reforço agora aprovado pelo Governo, os apoios atribuídos ao alojamento de estudantes bolseiros deslocados foram aumentados até 38% (+1.321 euros relativo a 11 meses de atividades letivas).
Estudante universitário em Lisboa pode receber até 5.000 euros num ano letivo
Mas qual é o apoio máximo que cada estudante universitário deslocado pode receber por ano? Com este aumento, um estudante bolseiro que esteja alojado em Lisboa - mas fora de uma residência pública - pode receber até 5.020,51 euros (referente a 11 meses de atividade letiva), para custear as suas despesas de alojamento. Um estudante no Porto nas mesmas circunstâncias pode receber até 4.756,29 euros. E em Faro até 3.963,52 euros.
“O Governo tem tomado diversas medidas para mitigar os problemas de alojamento no ensino superior. Até à total concretização do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, o maior investimento de sempre em residências públicas para estudantes, o Governo tem reforçado sucessivamente os apoios aos estudantes carenciados para fazer face ao custo do alojamento privado”, explicam ainda no documento.
De acordo com o Executivo socialista, o complemento ao alojamento de estudante foi aumentado quatro vezes desde setembro de 2022, tendo crescido até 63%, “muito acima do que foi a evolução registada nos preços do alojamento privado”, avaliam.
Por: Idealista